Origem / Historial:
Este desenho pertenceu à colecção de Frei Manuel do Cenáculo que originou a da Biblioteca Pública de Évora.Túlio Espanca (ESPANCA,1969) aponta para a possibilidade de alguns destes desenhos terem passado da colecção de António Joaquim Padrão para a de Cenáculo.
O desenho encontra-se referenciado num inventário elaborado por António Francisco Barata (1890) sobre a colecção de quadros da Biblioteca inserido num conjunto compreendido entre os nº 185 a 230, designados como "Desenhos de Vieira Lusitano" que provavelmente correspondem aos nº de inventário ME 669 ao ME 686, e do ME 688 ao ME 715 do Museu de Évora.
A partir de 1940 foram desmembrados dos álbuns onde estavam inseridos, juntamente com os de outros pintores, tendo a colectânea sido transferida para o Museu de Évora.
É mencionado por Gabriel Pereira (PEREIRA, 1947), num artigo sobre a Bilioteca Pública, em que faz referência aos desenhos de Vieira Lusitano, englobados num capítulo sobre "QUADROS. DESENHOS. (...)" genéricamente descritos como: "Desenhos a lápis vermelho de Vieira Lusitano; alguns importantes, quase todos assinados".
Em 2000 participou numa exposição no Museu Nacional de Arte Antiga englobado numa montagem com o nº 115, poderá tratar-se de estudos para cardeais portugueses encomendados por D. Tomás de Almeida que ele não chegou a realizar. « Seja como for, estes pequenos retratos, que mostram variantes de atitudes de mãos e de atributos, têm o interesse de revelar os métodos de trabalho de Vieira que nunca partia para a pintura sem passar por uma fase de pensamento em desenho, executando até à exaustão de todas as possibilidades compositivas, por vezes num puro jogo de prazer do desenho pelo desenho » (ARRUDA, 2000).
Existem mais dois desenhos nesta colecção, cujo retratado, apresenta características muito semelhantes em posições diferentes (ME 689/3 e ME 695/3 ).