Museu:
Museu Nacional Machado de Castro
N.º de Inventário:
2532;P32
Denominação:
Deposição / Políptico flamengo de Celas
Datação:
1510 d.C. - 1525 d.C.
Suporte:
Madeira de carvalho
Dimensões (cm):
altura: 148; comprimento: 93;
Descrição:
Destaca-se neste painel a diagonal formada pelo corpo de Cristo morto. Tal como Ele, todas a figuras da narrativa principal se encontram em primeiro plano, formando diagonais assimétricas (que se verificam ainda no painel da Crucificação, deste políptico) o que ajuda a imprimir grande dramaticidade à cena. A posição dos corpos, as poses das mãos e o tratamento dos olhos das várias figuras reforçam esta ideia.
Assim, acabado de descer da Cruz, Cristo jaz no chão sobre o sudário, tendo o seu tronco apoiado por Nicodemos (cujo olhar se dirige para a Virgem)José de Arimateia (representado como idoso de longas barbas), segura-Lhe na mão esquerda. Junto a ele, a Virgem dirige para o Filho, sendo apoiada por S. Joaõ Evangelista que faz uma ligeira torsão do corpo para trás. Maria Madalena, ajoelhada aos pés de Cristo, repete o acto do primeiro encontro (lavando-Lhe os pés com as próprias lágrimas). À direita, em segundo plano outra cena é narrada: duas das Marias, segurando os vasos dos perfumes, vêm do Sepulcro por um caminho entre rochedos, sem terem encontrado Cristo. O que a composição narra é a morte e ressurreição de Jesus. À esquerda, a dar a abertura para o horizonte, uma paisagem urbana, tipicamente flamenga (como são também as sandálias de Nicodemos), em tons de azul e cinza. Toda a paleta é sombria.
Moldura de fabrico recente.
Incorporação:
Transferência - Conventos extintos. Mosteiro de Santa Maria de Celas.