Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006; 18/07/2006*
Este tipo de frontal de altar, de origem portuguesa, reproduz o modelo dos primeiros frontais de tecido com decoração oriental. Os elementos utilizados na composição procuram reproduzir os originais de tecidos impressos, vindos do Oriente e que deixaram a sua marca não só nos azulejos, mas também noutros géneros artísticos característicos de várias regiões do país, como, por exemplo, as colchas de Castelo Branco e as chitas de Alcobaça.
Os frontais de altar em azulejos que, a partir do século XVI, começaram a substituir os originais em tecido, muito dispendiosos, importados de Espanha, apresentam, em Portugal, características próprias, juntando aos elementos tipicamente portugueses, outros, orientalizantes. Para além das chitas (com decoração impress), os painéis tentam reproduzir as sedas e tapetes persas, decorados com florões, árvores e animais afrontados.