Museu:
Museu Nacional Machado de Castro
N.º de Inventário:
2649;P303
Denominação:
Santa Maria Madalena
Autor:
Josefa d'Ayalla (1630-1684)
Datação:
1650 d.C. - 1655 d.C.
Dimensões (cm):
altura: 22,8; comprimento: 18,4;
Descrição:
Pintura a óleo sobre cobre representando Santa Maria Madalena penitente.
A Santa surge em meio-corpo, no interior de uma tosca cabana, meditando perante o Crucifixo, a caveira, a Bíblia, junto aos quais estão colocados os cilícios de penitência e o vaso de perfumes, atributo pessoal. A Santa é iluminada por uma "candela" acesa suspensa à direita, o resto da cabana permanece na penumbra.
«(...) na magnífica Santa Maria Madalena de Josefa d' Ayala, as zonas iluminadas pelo artifício da "candela" à direita são pólo orientador da leitura do espectador, guiado para o campo espacial em detrimento das superfícies onde a penumbra de mistério se esbate em nuances, sublinhando assim o valor emblemático de objectos como a caveira descarnada, símbolo da meditação sobre as vaidades mundanas, os cilícios, expressão do arrependimento, e o Crucifixo, imagem suprema da expiação salvadora das almas.
Neste cobre de Josefa, a Santa é também o símbolo da lascívia reconvertida pelo dogma da fé (...)»
Vitor Serrão, 1991
No reverso, inscrito a tinta, em cursivo: «Sr. Baltazar Gomes Fig. / Coimbra / Chapaz de cobre»(v. Imagem em Marcas).
Esta inscrição será indiciadora de aproveitamento por parte de Josefa de uma chapa de cobre destinada ao pai? Ou terá sido simplesmente uma chapa cedida por Baltazar Gomes Figueira à sua filha?
Incorporação:
Transferência - Conventos extintos. Convento do Louriçal