Origem / Historial:
O capitão da Guarda Real de Arqueiros , era um cargo de coordenação de 3 companhias (portuguesa, alemã e do príncipe). Os cargos de capitão das três companhias eram sempre hereditários e correspondiam a um alto cargo na corte portuguesa.
O capitão precedia os cortejos e após D. Maria I participava nas recepções aos diplomatas.
Origem da Guarda Real de Arqueiros
À semelhança de outras cortes estrangeiras, existiam em Portugal Guarda Reais.
No reinado de D. João II é criado um corpo ( Séc XV) para defender a porta de entrada do Paço Real perante os desacatos e brigas que, por vezes, se verificavam entre os fidalgos . "Decidiu o rei que Estevão Gonçalves formasse um grupo com 12 homens decididos, vestidos com as cores reais e armados de alabarda que podiam matar sem mais avisos aqueles que puxassem de armas à sua vista." Ilustração portugueza
D. Manuel substitui-o pela Guarda da Câmara e com D. Catarina , viúva de D.João III, criou-se a Guarda dos Alabardeiros.
Com Filipe II as Guardas Reais eram constituídas pela guarda espanhola e pela guarda alemã, a guarda era composta por 1 capitão, 1 tenente, 65 soldados, entre os quais 4 cabos de esquadra, 1 escrivão, 1 apontador e 1 tambor.
A dinastia de Bragança acrescentou uma guarda portuguesa. No regimento de 1643 foi referido que os soldados deveriam ser portugueses, católicos, cristãos velhos e homens de bem e ter entre 20 e 30 anos.
Com D. Pedro II altera-se o nome para Guarda Real de Arqueiros.
in Pedro Urbano da Gama Machuqueiro "nos bastidores da Corte" Tese de Doutoramento em História Contemporânea , 2013.
Após D. Pedro II existiam três companhias (portuguesa, alemã e do príncipe). Os cargos de capitão das três companhias eram sempre hereditários e correspondiam a um alto cargo na corte portuguesa. Para além do capitão comandante, a Guarda Real dos Archeiros compunha-se ainda de um tenente, honorários, dois sargentos, seis cabos, sessenta soldados efectivos e cento e quarenta honorários, um tambor e um pífaro.
No reinado de D. José I, era capitão desta companhia D. António Joaquim de Castelo Branco Correia e Cunha (1745-1784), 5º Conde de Pombeiro e senhor das alcaiadarias-mores, comendas e vínculos da sua Casa.