Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 *
O manto foi oferecido pela cidade de Paris a D. Amélia de Orléans, por ocasião do seu casamento com o príncipe D. Carlos, futuro D. Carlos I de Portugal, em 1886. Trata-se de um excelente exemplar de alta costura francesa, e tanto quanto foi possível apurar, foi usado pela primeira vez no dia 4 de Julho de 1892, na Capela das Necessidades, por ocasião da entrega da Rosa de Ouro à Rainha (cf. CORTE REAL, 1983). Mais tarde, em 21 de Março de 1899, foi novamente utilizado numa recepção de gala realizada no Palácio Real da Ajuda para comemorar o aniversário natalício do príncipe D. Luís Filipe. No dia seguinte, a imprensa lisboeta descrevia deste modo os trajes envergados pelas reais pessoas: "Sua Magestade El-Rei vestia o grande uniforme de generalissimo e Sua Magestade a Rainha, trajava uma formosa toilette de seda cor de rosa, manto de veludo rosa, bordado ricamente a prata (...)".
A sua entrega ao Museu dos Coches foi feita por intermédio do Ministro dos Negócios Estrangeiros, em 8 de Fevereiro de 1936.