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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional dos Coches
N.º de Inventário:
V 0023
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Meios de transporte
Denominação:
Coche
Título:
Coche de D. Maria Francisca Benedita
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal (?)
Datação:
1775 d.C. - 1777 d.C.
Matéria:
Madeiras; couro; vidro; veludo de seda; veludo acrílico; franja e galão de seda azul; pregaria dourada
Suporte:
Madeira de carvalho e/ou azinho (estrutura)
Técnica:
Madeira entalhada, policromada e dourada; pintura a óleo; veludo de seda cinzelado e cortado;
Dimensões (cm):
altura: 281; largura: 156; comprimento: 620;
Descrição:
Coche de caixa trapezoidal fechada, montada sobre quatro rodas e suspensa de fortes correias de couro dispostas obliquamente entre os ângulos inferiores e os montantes. A caixa, estreita e elegante, apresenta apenas uma vidraça no alçado dianteiro. Nos jogos e nos rodados persistem alguns vestígios de primitiva pintura de verde. O sistema de suspensão é composto por fortes correias de couro e --- A pintura do painel superior traseiro alude de forma simbólica à Virtude Heróica de Portugal, personificada por Hércules, que aqui se faz representar ao lado das armas reais portuguesas. Ao centro da composição, uma figura feminina seminua, com feixes de raios na mão e águia a seu lado, envolta em panejamentos vermelhos (Zeus ?), parece apontar para a coroa de louros, símbolo da vitória, que um querubim segura no canto superior esquerdo. Aos pés do herói, que empunha a clava e está coroado de louros, o javali morto, a Hidra, e Cérebro amarrado. Dois querubins sustentam o escudo português. O interior da caixa é revestido de veludo cinzelado sobre fundo de cetim azul esverdeado, com decoração floral de grandes dimensões, típica do século XVIII (cf. observações). Não possui almofadas nos bancos nem cortinas. O parsevão é forrado de couro carmesim, com aplicação de pregaria dourada. A saia do banco do cocheiro é composta por dois panos de veludo acrílico azul-petróleo - um para o topo e o outro para as abas -, sendo este último contornado a galão de seda da mesma cor. A franja confina-se à parte anterior da saia. A primitiva saia era do mesmo veludo que reveste o interior da caixa, com franja de cadilhos setecentistas, como atestam alguns registos fotográficos do início do século. O revestimento têxtil do tejadilho é em tudo idêntico ao do interior da caixa, apresentando-se muito danificado. Os tradicionais terminais cederam lugar a elaboradas composições fitomórficas em talha dourada que fluem dos caixilhos superiores das janelas e se elevam acima da própria estrutura. No reverso, estes motivos ornamentais são côncavos e lisos. Os apainelados são atribuídoa a Pedro Alexandrino de Carvalho. No exterior as lanças (lança nº8), acessório da viatura, varal de madeira que faz a ligação/ encaixe (neste caso prependicular) entre a estrutura do veículo e atrelagem dos animais.
Incorporação:
Afectação Permanente - Casa Real Portuguesa. Transferência do Depósito I da Repartição das Reais Cavalariças (antigo Picadeiro)
Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 * Segundo a tradição, este coche terá sido construído em Portugal a partir de um modelo estrangeiro, para ser utilizado pela Princesa D. Maria Francisca Benedita, por ocasião do seu casamento com o Príncipe D. José, seu sobrinho, em 1777. A bibliografia mais antiga refere este veículo como sendo uma berlinda.
 
     
     
   
     
     
     
 
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