MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sábado, 27 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional dos Coches
N.º de Inventário:
V 0018
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Meios de transporte
Denominação:
Coche
Título:
Coche dos Patriarcas, armas de D. António Francisco de Saldanha
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
França.
Datação:
1725 d.C. - 1730 d.C.
Matéria:
Madeira; couro; vidro;
Suporte:
Madeira de carvalho e/ou azinho
Técnica:
Madeira entalhada, policromada e dourada; pintura a óleo;
Dimensões (cm):
altura: 270; largura: 210; comprimento: 600;
Descrição:
Coche de caixa fechada, montada sobre quatro rodas, assente sobre um varal longitudinal, e suspensa de fortes correias de couro dispostas obliquamente entre os cantos inferiores da caixa e os montantes. Pertenceu ao Paço Patriarcal de S. Vicente de Fora em Lisboa e foi utilizada pelos Patriarcas de Lisboa. A caixa em talha dourada no estilo barroco da época de Luís XIV apresenta pintura representando um tema da mitologia clássica, como então era comum, mesmo em carros de dignatários da Igreja. As ilhargas da caixa apresentam-se esculpidas com mascarões, volutas e figuras que parecem suportar o tejadilho. Nos apainelados, foram pintados os brasões descritos e cenas da Mitologia clássica. Nas Portinholas e no alçado traseiro tem pintadas as armas prelatícias. No painel traseiro, uma composição pictórica dominada pela figura de Anfitrite com um amplo véu.
Incorporação:
Transferência - Paço Patriarcal de S. Vicente de Fora.
Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 * Antes do restauro, os painéis das portinholas eram ocupados pelo brasão de armas do Patriarca D. Patrício de Sousa (ou Silva ?), que foi Ministro de Estado, Regedor das Justiças, do Conselho de S. M. e do de Estado. Por morte de D. João VI, foi um dos membros do Governo do Reino e vice-presidente da Câmara dos Pares. Era conhecido por "Patricio Primeiro Patriarca Pedreiro" ou "Patriarca dos 4 'pp'". No pavilhão vermelho sobre o qual assenta os escudos das portinholas do coche é ornado com "mâcles" de ouro, peças heráldicas conotadas com o Duque de Rohan. Admitindo esta atribuição de propriedade, não será de estranhar a presença do coche em Portugal, já que em finais do século XVII duas Rohans, filhas do Príncipe de Soubise e Duque de Fontenay, casaram com nobres portugueses. A primeira destas senhoras, D. Constança de Rohan, casou em 16 de Maio de 1684 com D. José Rodrigo da Câmara, 2º Conde da Ribeira Grande; a segunda, D. Pelágia Sinfrónia de Rohan, contraiu casamento em 1695 con Afonso de Vasconcelos e Sousa, 5º Conde da Calheta. Assim sendo, admitir-se-á a hipótese de esta viatura ter sido cedida pelo Duque de Rohan às suas netas. Em documento anónimo dactilografado, pertencente ao arquivo da direcção de Luciano Freire, pode ler-se: "O escudo propriamente dito mostra uma espessura de trinta (leia-se "tinta") maior do que a do manto e suportes. Deve ter havido sobreposição, mas a radiografia não acusa o desenho ou porque o escudo primitivo foi raspado e sobre a mesma zona se aplicou um preparo, ou porque esse preparo, feito sobre o referido escudo primitivo, não é prestável aos R.X. Mas as peças referidas visíveis no manto, não correspondendo à composição heráldica do escudo, têm fatalmente de relacionar-se com o escudo em que outras idênticas figurassem e este deveria ser o dos Rohan. A raspagem do escudo actual não acusa que haja outra coisa por baixo, mas a circunstância citada da espessura do escudo e a razão heráldica levam a concluir que de facto houve outro brazão anterior a este. Sob a tiara apareceu um coronel de marquês." Este coche foi cedido a título precário à Fundação da Casa de Bragança sob a direcção de Augusto Cardoso Pinto, de acordo com o Despacho do Sub-secretário do Tesouro, de 12 de Janeiro de 1954. O respectivo Auto de Cessão, que previa duas outras carruagens, está datado de 16 de Março desse mesmo ano. Até à sua transferência para Vila Viçosa, este coche encontrava-se arrecadado nas antigas cavalariças do Palácio de Belém.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica