Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 *
Viatura oferecida pelo Rei Vittorio Emanuele II de Itália a sua filha a Rainha D. Maria Pia, esposa de D. Luís I, para seu serviço.
O rei de Itália contava-se entre os principais clientes da Casa Scala (também dita Sala), de Milão.
Igualmente foi oferecido um carrinho de passeio da Casa Scala (V 0058), em Abril de 1868, pelo rei de Itália a seu neto, D. Carlos de Portugal, quando este contava cinco anos de idade, além de um conjunto de arreio de montada de criança (A 0071 e outros)
A Rainha D.Maria Pia tinha-se deslocado a Turim para o casamento do seu irmão Humberto de Sabóia e tinha levado consigo D. Carlos para o apresentar à família.
Passou no período pós-República para as Equipagens da Presidência.
Por despacho de 3 de Setembro de 1948, o Ministro das Finanças determinava que as carruagens pertencentes à Presidência, bem como as depositadas no Palácio Nacional da Ajuda, fossem integradas na colecção do M.N.C. Dado que as obras de ampliação do M.N.C. não estavam ainda concluídas, ficou estabelecido que as primeiras viaturas ficassem temporariamente recolhidas na Ajuda, que apresentava melhores condições de conservação do que as oferecidas pelo Palácio de Belém. Esta disposição não foi cumprida por falta de espaço onde acomodar os carros e respectivos arreios, ficando, no entanto, o conservador do Paço da Ajuda responsável pela limpeza e manutenção das viaturas seleccionadas e, bem como dos seus pertences.
Na direcção de Augusto Cardoso Pinto (1957), foi transferida a título provisório para o paço Ducal de Vila Viçosa por não haver em Belém lugar para a expor convenientemente.