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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional dos Coches
N.º de Inventário:
V 0035
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Meios de transporte
Denominação:
Berlinda
Título:
Berlinda com armas da família Lencastres e Mascarenhas
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
França.
Datação:
1745 d.C. - 1769 d.C.
Matéria:
Madeiras; vidro; couro; veludo de seda; tafetá de seda; galão de ouro
Suporte:
Carvalho e/ou azinho (rodados e estrutura)
Técnica:
Madeira entalhada, policromada e dourada;
Dimensões (cm):
altura: 277; largura: 191; espessura: 5,2 / 5,5 (rodas dianteiras e traseiras); diâmetro: 90 / 174 (rodas dianteiras e traseiras); comprimento: 525;
Descrição:
Berlinda de caixa semi-elíptica fechada, montada sobre quatro rodas e dois varais marginais que correm paralela e exteriormente à caixa. Esta, repousa sobre um caixote rectangular revestido de couro negro e pregaria simples, que desce abaixo do nível dos varais, conferindo maior estabilidade à viatura. Este receptáculo destinava-se aos transporte da bagagem, substituindo as modernas malas. Os apainelados da caixa, pintados de verde escuro, apresentam cercaduras "aventurinadas" (com aplicação de purpurinas) de flores e laças, em tons de vermelho e ouro. Os painéis das portinholas ostentam o duplo escudo descrito, em cartela dourada, circundada por três querubins (dois em baixo e um no topo); sob a cartela distinguem-se jóias, moedas e uma coroa condal. Nos painéis das ilhargas, dois "putti" ostentam diferentes atributos: no posterior esquerdo, um leão, um escudo e uma coroa de louros (alusivos à Força e à Vitória); no anterior esquerdo, uma das figura empunha lança e estatueta de guerreiro, tendo a seus pés coroa e ceptro reais sobre almofada; representa a Realeza, a quem a Aristocracia oferece uma coroa condal, em sinal de respeito e de submissão. No alçado lateral direito, um coração e um facho ardente simbolizam o Amor ou Afecto (painel dianteiro), enquanto na traseira se representa a ----, com espada desembainhada, braseiro e flechas. O painel dianteiro é dominado pelo escudo oval com as armas reais portuguesas, assente em cartela coroada e circundada por grinaldas unidas em quadrifólio. Em torno da cartela esvoaçam três querubins dois dos quais brincam com flores, tendo aos pés troféus militares. A decoração do painel inferior traseiro é em tudo idêntica à do alçado anterior, com excepção do formato do escudo, que se aproxima dos de tipo francês. O interior da caixa é integralmente revestido de veludo de seda verde cortado,contornado por galão de seda verde claro nos vãos das janelas e nas almofadas. Os aventais dos bancos são agaloados a seda verde, idêntica à que define o perímetro do tecto, que é franjada a prata (?). Possui quatro cortinas de tafetá de seda da mesma cor, agaloado a ouro, mas de fabrico posterior. O parsevão é revestido de couro negro e ornamentado com pregaria simples, que descreve um losango central. Viatura adquirida pela Casa Real, provavelmente à família dos Lencastres e Meneses, pois sobre as suas armas foram pintadas as armas reais portuguesas. No livro de inventário antigo tem a viatura como tendo pertencido a D. Maria I. Não foi ainda encontrada a lança desta viatura mas foi estudado os seus 2 encaixes perpendiculares.
Incorporação:
Afectação Permanente - Casa Real Portuguesa.
Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 * Outrora, a posse desta berlinda foi erradamente atribuída à rainha D. Maria I, tese que veio a ser desmentida após a descoberta dos primitivos brasões que ornam as portinholas do veículo, pertencentes ao 5º Marquês de Fronteira e 6º Conde da Torre, D. José Luís Mascarenhas (1721-1799). Filho segundo do 3º marquês de Fronteira, D. José Mascarenhas estava destinado à carreira eclesiástica, sendo já cónego da Sé de Lisboa quando faleceu o seu irmão mais velho, sem deixar sucessão. Por decreto de 21 de Março de 1769 recebeu o título de Marquês, juntamente com todas as comendas, senhorios e alcaidarias-mores dos seus antecessores. Pertenceu ao Conselho da rainha D. Maria I e foi Veador da princesa D. Maria Francisca Benedita. A ele se deve a transformação da primitiva casa de família, localizada em Benfica, no palácio hoje existente, famoso pelos seus magníficos jardins.
 
     
     
   
     
     
     
 
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