Origem / Historial:
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006;18/07/2006 *
De acordo com a bibliografia mais antiga e com o respectivo verbete manuscrito, esta berlinda, então chamada de D. Pedro II (B), "pertenceu à primeira equipagem nupcial deste Rei", juntamente com uma outra identificada pela letra "C".
À luz da moderna historiografia, a referida atribuição de propriedade da viatura foi abandonada, pois trata-se de um veículo construído em meados de Setecentos e que reflecte a Pragmática de Junho de 1749 que, entre outras determinações, proibía a pintura de "figuras e máscaras", permitindo apenas que os carros "tivessem brazões ou cifras com moderada tarja" nos apainelados.
De todos os veículos de gala expostos no M.N.C., apenas dois apresentam o mesmo tipo de encaixe nas pinas das rodas, sendo o segundo a berlinda nº invº 39 (dita de D. Maria I).
No século XIX, esta berlinda serviu nas seguintes cerimónias da Corte:
- Casamento de D. Luís I, Outubro de 1862
- Casamento de D. Carlos e D. Amélia de Orléans, 22 de Maio de 1886
Já no século XX, figurou no círio de Nossa Senhora do Cabo (Ajuda), integrado nas comemorações do Ano Santo, em 15 de Junho de 1950.