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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
2006.355.4
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Estatueta feminina
Datação:
III d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore
Dimensões (cm):
altura: 49; largura: 24; espessura: 14,5;
Descrição:
Estátua incompleta de figura feminina despida. Falta-lhe todo o braço esquerdo e o direito está conservado apenas até ao antebraço. A perna esquerda está também fragmentada, conservada até ao joelho, e a perna direita está fragmentada também por altura do joelho. A cabeça, voltada para a direita, tem um penteado clássico, aberto ao meio com um troço a meia altura do crânio, apertado por uma fita lisa ou taenia. Os olhos são amendoados, com pálpebras carnudas que descaem sobre o globo ocular, que tem a pupila e íris marcadas, dando ao rosto um aspecto sonhador. O corpo está inclinado para a frente, apoiando o peso sobre a perna direita enquanto levanta a esquerda possivelmente para segurar a sandália com a mão direita. O braço esquerdo levantar-se-ia em posição horizontal para apoio em algum elemento que equilibrasse a postura. A posição e características do corpo não deixam dúvidas à identificação desta estátua com Afrodite-Venus a segurar a sandália. Estaria integrada num grupo escultórico de menores dimensões do que aquele a que pertenceria a peça nº 2006.355.1. Os paralelos para esta peça na península Ibérica são abundantes, já que este modelo iconográfico se tornou uma padrão de grande prevalência no tempo. A peça foi encontrada acéfala em escavação, tendo sido possível identificar a cabeça no acervo do Museu Muncipal de Elvas (Souza 1990, nº141), que terá sido separada do corpo em sequência de trabalhos agrícolas, possivelmente na mesma ocasião em que aconteceu o mesmo ao fragmento de braço direito que foi recuperado nos trabalhos de escavação em 1996.
Incorporação:
Outro - Depósito temporário.
Proveniência:
Quinta das Longas
Origem / Historial:
Peça descoberta durante a 9ª campanha de trabalhos arqueológicos na Villa Romana de Quinta das Longas, no Verão do ano 2000. Um dos mais impressionantes traços da singularidade desta villa evidenciou-se com a descoberta de um grupo escultórico composto por várias figuras quase completas e cerca de uma centena de fragmentos. As peças faziam parte de um vasto conjunto que adornava uma área de um pátio pavimentado a mármore e a xisto, sobranceiro a uma linha de água, que limitaria a norte a Pars urbana da Villa. O conjunto estava incluido numa cascata artificial adoçada à parede meridional do referido pátio e/ou sobre o alpendre construído no centro deste compartimento apresentando como elemento unificador uma frondosa ramagem que perpassava por detrás de toda a cena, ligando-se às esculturas, sendo raras aquelas que não apresentam marcas da ligação a esse fundo vegetalista.

Bibliografia

GONÇALVES, Luís Jorge Rodrigues - Escultura romana em Portugal: uma arte do quotidiano., 2 Vols., Tese de Doutoramento. Mérida: Junta da Extremadura, 2007, pág. 290 a 292 e 91

RIBEIRO, José Cardim (Coord) - Religiões da Lusitânia, Loquuntur saxa. Lisboa: IPM, 2002, pág. 498

NOGALES, Trinidad; CARVALHO, António e ALMEIDA, Maria José (2005) - El programa decorativo de la Quinta das Longas (Elvas, Portugal): un modelo excepcional de las uillae de la Lusitânia. In IV Reunião sobre escultura Romana na Hispânia. Lisboa, p.103-156, pág. 125-128, fig 10

CARVALHO, António; ALMEIDA, Maria José ( 1999-2000). " A villa romana de Quinta das Longas (S. Vicente e Ventosa, Elvas): uma década de trabalhos arqueológicos (1991-2001)". In a Cidade, nº 13/14 (nova série), p.13-37

ÁLVAREZ MARTÍNEZ, J.M.; CARVALHO, A.; FABIÃO, C. "Lusitania Romana. Origen de dos pueblos. Lusitânia Romana. Origem de dois povos". STVDIA LUSITANA, 9. Mérida, 2015, pág. 318

CARVALHO, A.; ALVAREZ-MARTINEZ, J.M.; FABIÃO, C. (2015) - Catálogo da exposição Lusitânia Romana - Origem de dois Povos. Lisboa. INCM - MNA, pág. 299

 
     
     
   
     
     
     
 
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