Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
As antas do Paço (A e B) foram escavados por Manuel Heleno, em duas campanhas arqueológicas, Abril e Novembro de 1931. Situa-se no Vale das Antas, nos arredores de Montemor-o-Novo, junto à aldeia do Ciborro, na margem direita da ribeira do Lavre, a nascente da anta da Comenda do Coelho. A 10 m da anta encontrou-se uma sepultura; "esta sepultura conservava ainda uma pedra ao alto, com calços, com cerca de 0,80 m de altura e largura 0,40. Os objectos estavam entre a pedra e a anta. Apareceram nesta sepultura, a que daremos a classificação de I: centenas de pontas de seta de todos os tipos (...) cerâmica (...), facas, (...) chapões, alguns inteiros, (...) machados mal polidos ou bem polidos e achatados, de secção trapezoidal, ou triangular" (cadernos de campo de Manuel Heleno). Os achados não foram todos à mesma profundidade tendo em conta a inclinação do terreno. Esta anta era composta por uma câmara de sete esteios e corredor (comp.7,07m; altura 2,90 m).