Origem / Historial:
A pintura pertenceu à colecção de D. Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas, arcebispo de Évora, vindo mencionada no inventário desta colecção realizado após a morte de Cenáculo em 1914, como "Outro, de dois palmos e meio, com moldura preta e pintira gótoia, retrato de dois Bispos Portugueses." Também no inventário desta colecção realizado por Rafael de Lemos e Cunha Rivara, publicado por Túlio Espanca (Espanca, 1949) a pintura vem mencionada, aqui com o número 117 e sob a designação "2 Bispos Gregos irmãos".
A colecção Cenáculo esteve na origem da colecção da Biblioteca Pública de Évora e na relação desta colecção, publicada por Gabriel Pereira (Pereira, 1903) a pintura aparece com o número 123 sendo referido que "aparecem na tradição da casa pela designação "Os bispos gregos" o que não tem fundamento algum".
A 1 de Março de 1915 a colecção da B.P.E. é transferida para o Museu de Évora.
Quanto à sua origem inicial, Joaquim Oliveira Caetano (Caetano, 1997) levanta a hipótese de a pintura ter pertencido a um retábulo composto pelas seguintes pinturas: "Assunção da Virgem" e "São Bartolomeu",pertencentes ao Museu Nacional Machado de Castro , o "São Vicente" pertencente ao Museu de Beja, "Santa Catarina e Santa Bárbara" e " Santa Margarida e Santa Apolónia" pertencentes ao Museu de Carlos Machado, e ainda um "São Roque e São Sebastião" pertencente a colecção particular. Este retábulo teria sido executado para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, embora outros autores, nomeadamente Vergílio Correia e Dalila Rodrigues, defendam Santa Clara de Coimbra como uma possibilidade.