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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu de Évora
N.º de Inventário:
ME 1441
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Dois Santos Bispos
Autor:
Gil, Vicente, (actividade conhecida 1491-1518)
Datação:
1510 d.C. - 1520 d.C.
Suporte:
Madeira de carvalho
Técnica:
Óleo
Dimensões (cm):
altura: 56; largura: 71;
Descrição:
"O quadro mostra dois prelados santificados, como se vê pelas auréolas duplas, transportando báculos dourados de volta florida. Envergam pluviais e mitras de rico brocado, decorados com fio de ouro e uma enorme profusão de pérolas. O gosto pela exuberância das jóias e do ouro faz-se ainda sentir no excesso de anéis, por vezes dois por dedo, com que os personagens ornamentam as falanges. No firmal de um dos bispos vemos as armas de D. Leonor, enquanto o do outro nos mostra o camaroeiro, empresa que a mesma rainha usou depois da morte do herdeiro D. Afonso. Os rostos, apesar de alguns autores terem já avançado a tese de se tratarem de retratos (D. Manuel e D. Afonso de Portugal), apresentam um esquematismo de composição bem característico da forma de trabalhar e dos modelos da oficina coimbrã imprópriamente chamada de "Escola do Mestre do Sardoal" - olhos amendoados, sobrancelhas arqueadas, oblíquas e carnações simplificadas, organizadas em planos. A paisagem é incipiente, sendo o céu, numa gradação clareante de um verde marinho, o principal elemento definidor do fundo" (Joaquim Oliveira Caetano in "Grão Vasco e a Pintura Europeia do Renascimento", 1992, p.392)
Incorporação:
Transferência - Transferência da Biblioteca Pública de Évora
Origem / Historial:
A pintura pertenceu à colecção de D. Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas, arcebispo de Évora, vindo mencionada no inventário desta colecção realizado após a morte de Cenáculo em 1914, como "Outro, de dois palmos e meio, com moldura preta e pintira gótoia, retrato de dois Bispos Portugueses." Também no inventário desta colecção realizado por Rafael de Lemos e Cunha Rivara, publicado por Túlio Espanca (Espanca, 1949) a pintura vem mencionada, aqui com o número 117 e sob a designação "2 Bispos Gregos irmãos". A colecção Cenáculo esteve na origem da colecção da Biblioteca Pública de Évora e na relação desta colecção, publicada por Gabriel Pereira (Pereira, 1903) a pintura aparece com o número 123 sendo referido que "aparecem na tradição da casa pela designação "Os bispos gregos" o que não tem fundamento algum". A 1 de Março de 1915 a colecção da B.P.E. é transferida para o Museu de Évora. Quanto à sua origem inicial, Joaquim Oliveira Caetano (Caetano, 1997) levanta a hipótese de a pintura ter pertencido a um retábulo composto pelas seguintes pinturas: "Assunção da Virgem" e "São Bartolomeu",pertencentes ao Museu Nacional Machado de Castro , o "São Vicente" pertencente ao Museu de Beja, "Santa Catarina e Santa Bárbara" e " Santa Margarida e Santa Apolónia" pertencentes ao Museu de Carlos Machado, e ainda um "São Roque e São Sebastião" pertencente a colecção particular. Este retábulo teria sido executado para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, embora outros autores, nomeadamente Vergílio Correia e Dalila Rodrigues, defendam Santa Clara de Coimbra como uma possibilidade.
 
     
     
   
     
     
     
 
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