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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia Supercategoria: Arqueologia Denominação: Lucerna de volutas com representação de galo Datação: I d.C. - II d.C. - Época romana Técnica: Modalgem em molde bivalve Dimensões (cm): altura: 4,6; diâmetro: 6,2 (reservatório); comprimento: 10; Descrição: Lucerna de volutas simples de tipo Bailey C-IV e tipo Deneuve V-D, a orla do tipo Loesckce VII-b é larga e lisa. A asa é perfurada, o orifício de alimentação encontra-se no quadrante inferior direito e o fundo é raso. Apresenta marca de oficina GAVINIA. No disco, apresenta como decoração um galo com uma folha de palmeira, feitos através de moldagem (pouco nítida). De cozedura oxidante, apresenta pasta muito fina e depurada e vestígios de engobe de cor acastanhada. Esta lucerna fragmentada e restaurada, quase completa, é originária da Bética onde foi realizada através de moldagem em molde bivalve. (Classificação e descrição segundo J.U.S.Nolen). Incorporação: Outro - Mandato legal.
Despacho governamental. Proveniência: Torre d'Ares
Origem / Historial: O topónimo Torre d'Ares reporta-se à época medieval. Era o nome de uma das seis torres de construção árabe existentes no litoral algarvio. No entanto o local revelou vestígios de ocupações muito mais antigas. Em 1866 Estácio da Veiga baseado na descoberta de inscrições e de outros achados provou (Povos Balsenses) ser esta estação e a contígua Quinta das Antas, a sede de Balsa, cidade romana de origem pré-romana nomeada e situada pelos geografos Pompónio Mela, Plínio e Ptolomeu.
Em 1877, no decorrer da elaboração da Carta Arqueológica do Algarve, Estácio da Veiga procedeu a escavações arqueológicas onde descobriu uma grande necrópole de incineração e de inumação dos sécs. I e II d.C.. Recolheu um conjunto significativo de materiais. Estes objectos fizeram parte do Museu Arqueológico do Algarve, e em 1894 foram integrados no actual Museu Nacional de Arqueologia, por decreto de 20 de Dezembro de 1893 do Ministro Bernardino Machado, conforme "O Arqueólogo Português, série 1, vol. VII, 1903. Outra parte da colecção de Estácio da Veiga foi comprada pelo Estado à família e incorporada igualmente no Museu Nacional de Arqueologia.
Bibliografia | ALMEIDA, José António Ferreira de - Introdução ao estudo das lucernas romanas em Portugal. Lisboa: Universidade de Lisboa, 1952, pág. 5-208,168 | BAILEY, D.M. - A Catalogue of the Lamps in the British Museum, vol.II. London: British Museum Publications, 1980, pág. 191 | BONNET, J. - "Lampes céramiques signées, Définition critique d´atelliers du Haute Empire", in Documents d´Archógie Française, nº13. Marca GAVINIA, tipo III: 1988, pág. 174 | Catálogo da exposição: Tavira, Território e Poder. Lisboa: MNA, Câmara Municipal de Tavira, 2003, pág. nº 143 | NOLEN, Jeannette U. Smit - Cerâmicas e Vidros de Torre de Ares - Balsa. SL: I.P.M. e SEC, 1994, pág. 40,43,49, lu-16 | PEREIRA, Carlos (2014). As Necrópoles Romanas do Algarve - Acerca dos Espaços da Morte no Extremo Sul da Lusitânia. Dissertação de doutoramento. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa., pág. II, est. 121.3 | |
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