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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
14627
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Cerâmica
Denominação:
Lucerna com representação de escravo e ânfora
Centro de Fabrico:
Norte de África
Datação:
I d.C. - II d.C. - Época Romana
Matéria:
Cerâmica
Técnica:
Modalgem com molde bivalve
Dimensões (cm):
altura: 4,5; largura: 7,37; diâmetro: 7,4 (reservatório); comprimento: 10,6;
Descrição:
Lucerna de bico redondo do tipo Bailey P-I ou Denauve VII-C, orla do tipo Loeschcke VII-a), delimitado da orla por uma linha recta. Orla larga e lisa, asa perfurada e orifício de alimentação centrado. Assenta num pequeno pé de argola onde apresenta marca de oleiro AVFIFRON. No disco, apresenta uma cena de um escravo de tronco nu rolando uma ânfora. De cozedura oxidante, apresenta pasta de classificação média, esponjosa e contendo nódulos de barro ferruginoso não incorporados. Apresenta vestígios de engobe de cor avermelhado, queimado. Esta lucerna fragmentada e restaurada, quase completa é originária, possivelmente do Norte de África, onde foi realizada através de moldagem em molde bivalve. Ainda não existe concordância entre os vários autores sobre a origem do atellier de AVFIFRON, África do Norte ou Itália central. Quiçá a hipótese de Maia, que uma "oficina-mãe" se situava em Itália enquanto uma sucursal importante se situasse em África, não estará longe da verdade. Possivelmente deverá interpretar-se a assinatura AVFIFRON como sendo uma abreviatura de AVFI(dii) FRO(tonis), ou seja, da oficina de Aufídio Frontão. No depósito votivo de "Vale de Lucernas" de Santa Bárbara foram encontrados nove exemplares decorados com a cena de um escravo com ânfora (descrição segundo J.U.S.Nolen).
Incorporação:
Outro - Mandato legal. Despacho governamental.
Proveniência:
Torre d'Ares
Origem / Historial:
O topónimo Torre d'Ares reporta-se à época medieval. Era o nome de uma das seis torres de construção árabe existentes no litoral algarvio. No entanto o local revelou vestígios de ocupações muito mais antigas. Em 1866 Estácio da Veiga baseado na descoberta de inscrições e de outros achados provou (Povos Balsenses) ser esta estação e a contígua Quinta das Antas, a sede de Balsa, cidade romana de origem pré-romana nomeada e situada pelos geografos Pompónio Mela, Plínio e Ptolomeu. Em 1877, no decorrer da elaboração da Carta Arqueológica do Algarve, Estácio da Veiga procedeu a escavações arqueológicas onde descobriu uma grande necrópole de incineração e de inumação dos sécs. I e II d.C.. Recolheu um conjunto significativo de materiais. Estes objectos fizeram parte do Museu Arqueológico do Algarve, e em 1894 foram integrados no actual Museu Nacional de Arqueologia, por decreto de 20 de Dezembro de 1893 do Ministro Bernardino Machado, conforme "O Arqueólogo Português, série 1, vol. VII, 1903. Outra parte da colecção de Estácio da Veiga foi comprada pelo Estado à família e incorporada igualmente no Museu Nacional de Arqueologia.
 
     
     
   
     
     
     
 
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