Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
2000.28.1
Supercategoria:
Arqueologia
Denominação:
Estela com escrita do Sudoeste
Grupo Cultural:
1ª Idade do Ferro do Sul
Datação:
VIII a.C. - VII a.C. - 1ª Idade do Ferro
Matéria:
Xisto grauváquico
Técnica:
Alisamento e incisão
Dimensões (cm):
altura: 69,5; largura: 18; espessura: 7,6;
Descrição:
Pequena estela sepulcral rectangular bem talhada, em xisto grauváquico, apresentando numa das faces e na margem esquerda, uma inscrição pré-latina, de direcção destrorsa, numa única linha, disposta em sequência e colocação vertical. No texto reconhece-se apenas um segmento, que pode incluir um antropónimo, tendo-se perdido o fim. Grupo 3. (Segundo classificação e descrição de V.H.C - 1996, cat. 30)
Nota de contextualização:
"Um dos mais importantes indicadores culturais do Ocidente europeu é constituído pela existência de escrita de estrutura semi-silábica, datada dos sécs. VII a V a.C. e delimitada geograficamente pelo Baixo Alentejo e Algarve.
Esta escrita aparece-nos maioritariamente sobre suportes de pedra, em estelas, bétilos ou lápide sepulcrais em clara conexão com contextos funerários de filiação cultural orientalizante, revelando o uso de fórmulas padronizadas, mais ou menos repetitiva.
No Algarve verifica-se aliás, uma das suas variantes, traduzida pela maior riqueza e diversidade de fórmulas funerárias, a que certamente corresponderá também um mais alargado uso e domínio da própria escrita.
Trata-se de um semi-silabário, aparentado ao alfabeto fenício, mas em que a existência de grande número de vogais pode também indicar uma escrita não semita, cujo valor fonético é conhecido, mas ainda indecifrado, usado pelas elites locais, que naquela região defendiam as rotas do minério e asseguravam o controle do comércio, na área de influência e sob a égide de Tartessos."
Incorporação:
Doação - Doação de Manuel Gomez Sosa a Manuel Heleno.
Proveniência:
Azinhal dos Mouros, Loulé