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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia N.º de Inventário: 2000.26.1 Supercategoria: Arqueologia Denominação: Estela com escrita do Sudoeste Grupo Cultural: Idade do Ferro do Sul Datação: VIII a.C. - VII a.C. - 1ª Idade do Ferro Matéria: Xisto grauváquico Técnica: Alisamento e incisão Dimensões (cm): altura: 99; largura: 53; espessura: 4; Descrição: Estela sepulcral rectangular bem talhada, mas muito erosionada, em xisto grauváquico, apresentando numa das faces uma inscrição pré-latina limitada por cartelas, de direcção sinistrorsa, numa única linha, disposta em sequência e colocação angular. A estrutura do texto é constituída por um possível antropónimos (ver legenda), seguido por um segmento, incluindo elemento ou elemntos indetermináveis. Grupo 5. (Segundo classificação e descrição de V.H.C - 1996, cat. 27)
Nota de contextualização:
"Um dos mais importantes indicadores culturais do Ocidente europeu é constituído pela existência de escrita de estrutura semi-silábica, datada dos sécs. VII a V a.C. e delimitada geograficamente pelo Baixo Alentejo e Algarve.
Esta escrita aparece-nos maioritariamente sobre suportes de pedra, em estelas, bétilos ou lápide sepulcrais em clara conexão com contextos funerários de filiação cultural orientalizante, revelando o uso de fórmulas padronizadas, mais ou menos repetitiva.
No Algarve verifica-se aliás, uma das suas variantes, traduzida pela maior riqueza e diversidade de fórmulas funerárias, a que certamente corresponderá também um mais alargado uso e domínio da própria escrita.
Trata-se de um semi-silabário, aparentado ao alfabeto fenício, mas em que a existência de grande número de vogais pode também indicar uma escrita não semita, cujo valor fonético é conhecido, mas ainda indecifrado, usado pelas elites locais, que naquela região defendiam as rotas do minério e asseguravam o controle do comércio, na área de influência e sob a égide de Tartessos."
Incorporação: Outro - Prospecções de Caetano de M. Beirão Proveniência: Ameixial, Loulé
Origem / Historial: Ameixial.
Lápide encontrada pelo arqueólogo Caetano de Mello Beirão durante as prospecções que efectuou a partir de 1969 no Alentejo. Este arqueólogo não refere porém quando nem de que forma esta lápide entrou no Museu.
Bibliografia | BEIRÃO, Caetano de Mello,; Mário Varela Gomes - "A Idade do ferro no Sul de Portugal, Epigrafia e cultura". Lisboa: 1980, pág. - | BEIRÃO, Caetano Maria de Mello - "Une civilisation Protohistorique du sud du Portugal (1er Âge du Fer). Paris: De Boccard, 1986, pág. 130 | COELHO, Luís - "Epigrafia prelatina del SO peninsular portugues, in actas del I Coloquio sobre lenguas y culturas prerromans de la Peninsula Ibérica. Salamanca: Universidade de Salamanca, 1976, pág. 201-211 | COELHO, Luís; DIAS, M.M.Alves - "SouthWest Iberian early iron age: a theorical hypothesis", in Actas del IV Coloquio sobre lenguas y culturas Paleohispanicas (Veleia 2-3, 1985-1986). Vitoria: Instituto de Ciências de la Antiguedad, 1987, pág. 447-448 | CORREA, J.A - "Consideraciones sobre las inscripciones tartesias". In Actas del III Coloquio sibre Lenguas y Culturas Paleohispanicas. Salamanca: Ediciones Universidad, 1985, pág. 377-395 | CORREIA, Virgílio Hipólito - "A escrita pré-romana do Sudoeste peninsular", in De Ulisses a Viriato. Lisboa: Ministério da Cultura, MNA, 1996, pág. 88-94 | CORREIA, Virgílio Hipólito - A epigrafia da Idade do Ferro do Sudoeste da Península Ibérica. Porto: Etnos, 1996, pág. 97 | HOZ, Javier de - "Las lenguas y la epigrafia prerromanas de la Península Ibérica, in Unidad y Pluralidad I, In Actas del VI Congresso Español de Estudios Clássicos. Madrid: 1983, pág. 351-396 | |
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