Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Instrumentos e utensílios
Denominação:
Machado plano
Grupo Cultural:
Neolítico e Calcolítico do Sul de Portugal
Matéria:
Cobre ou cobre arsenical
Dimensões (cm):
largura: 3,4; espessura: 0,4; comprimento: 17,5;
Descrição:
Machado alongado de cobre, plano, de forma sub-trapezoidal. O gume é curvilíneo e o talão é plano, e a secção é sub-rectangular.
O machado encontra-se em bom estado de conservação apresentando uma pátina castanha avermelhada com alguns pontos negros. É visível no talão um orifício, provavelmente marcando o local onde foi retirada uma amostra para análise da composição elementar.
Tendo em conta as análises elementares efectuadas a artefactos da mesma região e de tipologia semelhante (Junghans, et al., 1968, 1974), estabelece-se um paralelo de modo a caracterizar a pátina encontra no machado em estudo. Inserindo este machado em contextos do Calcolítico e da Idade do Bronze Inicial e Médio, pode-se dizer que é de cobre que contém arsénio em quantidades vestigiais ou como elemento menor da liga. São os chamados cobres com impurezas ou cobres arsenicais. Nestes casos o estanho quando é detectado, também não passa de uma impureza do minério.
A prata (Ag), o antimónio (Sb), o bismuto (Bi) e o níquel (Ni), são algumas das impurezas que podem estar presentes na liga que constitui o machado estudado.
O arsénio aparece, por vezes, com teores acima dos 2% o que nos pode levar a pensar que tenha havido uma adição propositada para melhorar a resistência à corrosão.
O cobre forma pátinas constituídas por compostos deste elemento, nomeadamente os óxidos que apresentam tonalidades castanhas ou avermelhadas. Devido à maior estabilidade das pátinas de óxido de cobre (II) de cor negra, é natural observarem-se vestígios desses produtos na superfície do artefacto.
Incorporação:
Outro - Mandato legal.
Campanha arqueológica
Proveniência:
Necrópole de Alcalar - Monumento 3