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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia Supercategoria: Arqueologia Denominação: Taça (fragmento) com inscrição celtibérica Datação: II a.C. - I a.C. - 2ª Idade do Ferro Técnica: Levantada por martelagem. Dimensões (cm): altura: 5,0; diâmetro: 15,0; Descrição: Taça, possivelmente de forma troncocónica de tipo "mastós" helenístico, de que subsiste a totalidade do bordo e parte da zona média da parede lateral, estando ausente a totalidade do fundo. Subsistem ainda alguns fragmentos de forma irregular. No interior, o bordo é espessado e ligeiramente convexo, sendo decorado por nervura e por linha incisa. No exterior, a cerca de 18mm. do bordo, apresenta uma inscrição incisa composta por vinte caracteres que ocupam uma banda de cerca de 1-0,5mm x 60mm.
Inscrição em banda, com vinte caracteres (escrita celtibérica) junto ao bordo.:
ALISOS´ : AS(S)AS´ : BaLAIS´OKuM ,segundo Mário Varela Gomes, e Caetano Beirão,1988 Incorporação: Doação - Colecção de Francisco Barros e Sá. Integrada no MNA em 1987 Proveniência: Monsanto da Beira
Origem / Historial: *Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
Em ano desconhecido, tentou o Museu Nacional de Arqueologia por ordem do seu director Manuel Heleno e através do Dr. Farinha dos Santos adquirir um conjunto de recipientes em prata, à venda na Ourivesaria Santa Filomena, em Lisboa. Com um preço, também desconhecido, pretendido pelo ourives ligeiramente superior à verba que o MNA dispunha, as peças acabaram por ser adquiridas por Francisco Barros e Sá. Este conjunto manteve-se inédito até Maio de 1984, altura em que integrou uma mostra do acervo do coleccionador no Museu Nacional de Arte Antiga. Em 1987, este conjunto assim como outras colecções de Francisco Barros e Sá foram doadas ao Museu Nacional de Arqueologia.
Bibliografia | BEIRÃO, Caetano de Melo; GOMES, Mário Varela - "Grafitos da Idade do Ferro do Centro e Sul de Portugal", in Actas del III Coloquio sobre Lenguas y Culturas Paleohispânicas. Salamanca: 1985, pág. 466 e 482 | BEIRÃO, Caetano de Melo; GOMES, Mário Varela - "O Tesouro da Colecção Barros e Sá, Monsanto da Beira (Castelo Branco)", in Veleia - Revista de Prehistoria, Historia Antiqua, Arqueologia y Filologia Classica.. Vitoria-Gasteiz: 1988, pág. 125-127, 129-135 ;fig.2-3 | ÁLVAREZ MARTÍNEZ, J.M.; CARVALHO, A.; FABIÃO, C. "Lusitania Romana. Origen de dos pueblos. Lusitânia Romana. Origem de dois povos". STVDIA LUSITANA, 9. Mérida, 2015, pág. 59 | CARVALHO, A.; ALVAREZ-MARTINEZ, J.M.; FABIÃO, C. (2015) - Catálogo da exposição Lusitânia Romana - Origem de dois Povos. Lisboa. INCM - MNA, pág. 49 | |
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