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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia Supercategoria: Arqueologia Datação: VII a.C. - VI a.C. - Idade do Ferro Técnica: Laminado repuxado e soldado. Dimensões (cm): diâmetro: 4,6; comprimento: 6,0; Descrição: Arrecada constituída por um corpo circular e munida de gancho de arame para suspensão. Divide-se em cinco campos circulares e concêntricos, tendo como motivo central uma flôr de oito pétalas amendoadas - definidas por arame de secção rectangular, formando um alveolado vazio - a qual se inscreve numa lâmina que apresenta a restante superfície vazada. O espaço entre o centro da flor (circular) e as pétalas é preenchido por grânulos. Os limites exteriores das pétalas, bem como o círculo que circunscreve a flôr, são contornados por um alinhamento de grânulos. O segundo campo é decorado por filigrana aplicada sobre lâmina formando uma superfície vazada de meandros ladeados por entrançado. O quarto campo é constituído por uma superficie compacta de filigrana canelada transversalmente. O terceiro e o último campos são constituídos por tubos cilíndricos (estreitando progressivamente do centro para as extremidades, sendo esta configuração mais acentuada no último) com decoração de filigrana e de granulado. Uma banda de filigrana divide os tubos a meio, longitudinalmente, sendo a parte interna do primeiro livre de decoração e a do último decorada por um alinhamento de minúsculos triângulos de três grânulos. A parte externa é decorada por granulado, no primeiro formando um alinhamento de triângulos e no último de triângulos contrapostos intercalados por losangos. O bordo da peça é rematado por uma banda de filigrana ondulada formando uma orla raiada.Os três campos externos são interrompidos por um recorte trapezoidal na parte superior, para introdução do lóbulo da orelha. O último campo, tubular, apresenta cada extremidade rematada por um anel - no qual se introduz o gancho para suspensão - decorado na parte média por estrias transversais. O reverso é liso com excepção da parte central que apresenta um alvéolo circular idêntico ao do centro da flor do anverso da peça. Uma das extremidades do gancho apresenta-se introduzida no tubo e a outra, depois de introduzida, sai por um orifício, envolvendo exteriormente, o tubo em enrolamento espiralado. Parecem tratar-se de elementos não originais. (Segundo ficha de Catálogo do MNA). Incorporação: Compra - Colecção do Tenente Coronel Gaspar. Aquisição pelo IPPC no leilão Lusitânia, em 30/31 de Março de 1990
Origem / Historial: *Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
Colecção do Tenente Coronel Gaspar. Aquisição pelo IPPC no leilão Lusitânia, em 30/31 de Março de 1990.
Bibliografia | ASEC, Aquisições, Mecenato, Doações,1986-1990 - Enriquecimento das Colecções Nacionais. Lisboa: SEC/IPPC, 1990, pág. 95 | TESOUROS da Arqueologia Portuguesa", (Rui Parreira e Clara Vaz Pinto). Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia, 1993, pág. Cat.273 | CORREIA, Virgílio Hipólito, 2005: "A presença orientalizante a Norte do Tejo e a ourivesaria arcaica do território português". In Celestino Pérez, Sebastian e Jimenez Ávila, Javier (eds). El período orientalizante, Mérida, (AM, Anejos de Archivo Espanhol de Arqueologia 35 / Vol. II, 1215-1224), pág. 1217 | CORREIA, Vergílio Hipólito (2013) - A ourivesaria arcaica no ocidente peninsular. Estado da questão, problemáticas arqueológicas e perspetivas de desenvolvimento do campo de estudo. O Arqueólogo Português. S. V, vol. 3, pp.15-114, pág. 50, fig 41 | Images de L'Antiquité: Les ors protohistoriques du Portugal. Tradition et innovations. In l' Archéoloque, nº 149 (Mars,avril, mai), Belgica, 2019, pág. 84 | |
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