Origem / Historial:
Nas minas de Aljustrel foram encontrados fortuitamente vários materiais relacionados com o trabalho mineiro: madeiras de entivação das galerias, escadas de madeira utilizadas para a descida aos poços, instrumentos de ferro para o trabalho no desmonte dos filões, gorros e sandálias de esparto dos mineiros, alcofas e cordas para içar até à superície o minério extraído, rodos de madeira, destinados à extracção da água, e.t.c.. Estes materiais encontram - se distribuídos pelo Museu Nacional de Arqueologia, Serviços Geológicos de Portugal, Museu Regional de Beja e Museu das Minas de Aljustrel.
A técnica de exploração implicava a escavação de galerias que tinham como objectivo atingir um filão rico em minério.
O conjunto de materiais recolhidos possibilitou o estabelecimento de balizas cronológicas de funcionamento das minas. Os seus inícios remontam ao Calcolítico final, aproximadamente ao II milénio a. C. Terão sido igualmente exploradas durante a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. A partir do século I a. C. surgem os primeiros vestígios da presença romana e nos princípios do século I d. C., ou nos finais da centúria anterior, dá- se o início da exploração em larga escala. A exploração sistemática deve - se particularmente sob o domínio dos romanos, cobrindo um largo período entre a época de Augusto e a segunda metade do século III. Apareceram, ainda, vestígios de ocupação do século IV e mesmo V, mas não foi possível determinar se a laboração continuou até essa altura.