Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
A natureza do sítio arqueológico da Cabeça de Vaiamonte foi, inicialmente, reconhecida por José Leite de Vasconcelos na sequência de uma visita de trabalho efectuada ao concelho de Monforte, durante as férias da Páscoa de 1923, na companhia de Manuel Heleno. Desta incursão resultou um contacto directo com o sítio permitindo precisar o local da recolha dos artefactos que guardava no Museu e inteirar-se sobre novos achados. A descoberta na década de 40, da villa romana de Torre de Palma, cuja investigação sistemática teve início em 1947, acabaria por originar todo um conjunto de intervenções arqueológicas na região, que se estendeu, ao povoado fortificado. Assim, em 1951, Manuel Heleno procedeu às primeiras sondagens no castro da Cabeça de Vaiamonte, no âmbito de um extenso programa de escavações com o intuito de reforçar a vertente arqueológica do Museu, de modo a reunir materiais de diferentes épocas da ocupação humana no território português. Depois das primeiras sondagens seguiram-se novas campanhas de escavação até 1964, sempre em paralelo com as efectuadas em Torre de Palma.