MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
terça-feira, 7 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
2000.366.1202
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Instrumentos e utensílios
Denominação:
Placa de tecelagem
Datação:
Época Romana
Matéria:
Osso
Técnica:
Polimento, decoração incisa
Dimensões (cm):
largura: 3; espessura: 0,9; comprimento: 5,8;
Descrição:
Placa de tecelagem de osso, de forma oval, convexa. É decorada numa face, com dois círculos incisos em cada extremo e por incisões oblíquas a marcar o perimetro da peça. Possui quatro orifício simétricos e perpendiculares que ocupam o campo intermédio, estando dois incompletos. No sentido vertical e correspondendo ao eixo da peça, passa uma abertura circular, por onde corria a haste vertical.
Incorporação:
Achado - Escavações dirigidas pelo Museu.
Proveniência:
Herdade da Palma
Origem / Historial:
O Prof. Manuel Heleno inicia o artigo publicado no Arqueológo Português sobre Torre de Palma referindo o seguinte: "A villa lusitano-romana de Torre de Palma ergue-se de numa altitude de cerca de 290m, no sopé dum cabeço, denominado Capela. Os seu terrenos são câmbricos, xistosos e calcários (...) Possuí abundância de água e com a particularidade de a fonte da Fornalha se secar de Inverno e ser abundante de Verão. Estas condicões explicarão talvez o ter sido habitada destes tempos remotos". Torre de Palma localiza-se a cerca de 5 Km da freguesia de Vaiamonte, concelho de Monforte, distrito de Portalegre, na herdade com o mesmo nome. Caracterizando-se por ser uma villa rústica e propriedade de uma família romana abastada, os "BASÍLII". Esta familia, cujo nome surge num carimbo encontrado nas ruínas em que se lê: "ME BASILI VIVAS IN CONTVBERNIVM", permaneceu ali longo período. A norte da propriedade avista-se Ammaia e as serras que as enquadram, a noroeste as ruínas do antigo castro, agora denominado "Cabeço de Vaimonte", a sul e sudeste ao longe, avistam-se as serras onde se localizam as actuais Santa Vitória do Ameixial e Vila Viçosa. Os vestígios chegados até nós são inúmeros, e apontam para uma ocupação que vai dos sécs. II ao IV d.C. Na verdade. Estamos perante um vasto latifúndio que incluía lagares, celeiros e outras dependências agrícolas. Havia tudo o que uma abastada villa romana poderia ter: uma luxuosa residência para o proprietário, termas, aposentos para servos e escravos, celeiros, lagares, entre outros, uma vez que grandes villas romanas como Torre de Palma, constituíam realidades socieconómicas autosuficientes. A villa possuía amplas instalações, dispostas em torno de um pátio interior, pavimentado com mosaicos diversos. Encontramos um alpendre assente em colunas e, ao centro, um tanque . A entrada principal fazia-se através de uma sala de recepção, onde se encontrava o célebre mosaico das Musas. Daí, passava-se ao pátio. A sala destinada à prática musical e ao convívio abria-se também para este pátio, cujo pavimento era constituído pelo célebre mosaico dos cavalos. A sala dos banquetes, por seu turno, encontravava-se decorada por temas ligados à natureza, nomeadamente flores e frutos, visíveis no dourado dos frescos que revestiam as suas paredes, e no próprio pavimento, constituído pelo pelo mosaico das flores o "triclinium". As termas situadas um pouco a este da villa, formavam um edifício independente e a noroeste da villa localizavam-se as necrópoles romana e visigótica, implantadas sobre uma anterior ocupação calcolítica. Foi ainda localizado um templo dedicado a Marte (cristianizado posteriormente) e a norte uma basílica paleocristã, provavelmente datada do séc. IV, com três naves de sete tramas, e ábsides contrapostas. Destacamos, ainda, a existencia de batisfério em forma de cruz, de Lorena, com dois lanços opostos de quatro degraus, considerado um dos mais complexos da Península Ibérica. Esta importante estação arqueológica está classificada como Monumento Nacional e foi estudada, e em grande parte escavada, pelo Professor Dr. Manuel Heleno de 1947 a 1962 e pelo Professor Dr. Fernando de Almeida após essas datas. Ambos publicaram resultados das suas escavações em O Arqueólogo Português e outras publicações especializadas. Os materiais recolhidos encontram-se no Museu Nacional de Arqueologia e Etnografia e Etnologia, em Lisboa. A investigação do sítio teve continuidade a partir de 1983 sob a direcção da Drª: Stephanie Maloney, Estados Unidos da América e Maria da Luz Gouveia Veloso da Costa Huffstot de Lisboa. Fontes: HELENO, Manuel - "A " villa " lusitano - romano de Torre de Palma ( Monforte )", in O Arqueólogo Português, nova série, vol. IV. pp. 313 – 338, Lisboa: Imprensa Nacional, 1962; Adília Alarcão, in "Portugal das Origens à Época Romana, MNA, 1989. Portal Arqueólogo (http://arqueologia.igespar.pt/index.phpsid=sitios.resultados&subsid=48169)
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica