Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
Supercategoria:
Arqueologia
Denominação:
Estela com escrita do Sudoeste
Datação:
VII a.C. - VI a.C. - 1ª Idade do Ferro
Dimensões (cm):
altura: 82; largura: 40; espessura: 13,5;
Descrição:
Estela sepulcral sub-rectangular em grés de Silves apresentando numa das faces uma inscrição pré-latina limitada por cartelas, de direcção sinistrorsa, numa única linha, disposta em parábola e de colocação circular. A estrutura é constituída por dois possíveis antropónimos (ver legenda), seguidos por um elemento de características indeterminadas, seguido por variante do elemento presente na fórmula completa. Grupo 7. (Segundo classificação e descrição de V.H.C - 1996, cat. 32)
Nota de contextualização:
"Um dos mais importantes indicadores culturais do Ocidente europeu é constituído pela existência de escrita de estrutura semi-silábica, datada dos sécs. VII a V a.C. e delimitada geograficamente pelo Baixo Alentejo e Algarve.
Esta escrita aparece-nos maioritariamente sobre suportes de pedra, em estelas, bétilos ou lápide sepulcrais em clara conexão com contextos funerários de filiação cultural orientalizante, revelando o uso de fórmulas padronizadas, mais ou menos repetitiva.
No Alentejo, verifica-se aliás uma das suas variantes, traduzida pela menor riqueza e diversidade de fórmulas funerárias.
Trata-se de um semi-silabário, aparentado ao alfabeto fenício, mas em que a existência de grande número de vogais pode também indicar uma escrita não semita, cujo valor fonético é conhecido, mas ainda indecifrado, usado pelas elites locais, que naquela região defendiam as rotas do minério e asseguravam o controle do comércio, na área de influência e sob a égide de Tartessos."
Incorporação:
Doação - Lápide oferecida pelo Sr. Manuel Gomez Sosa