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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia Supercategoria: Arqueologia Datação: IV a.C. - I a.C. - 2º Idade do Ferro Técnica: Têmpera, martelagem e moldagem. Dimensões (cm): largura: 5,9; espessura: 0,75; comprimento: 50; Descrição: Falcata de ferro, apresentando uma lâmina de folha curva, estreitando junto do punho, de gume arredondado e dorso plano. Apresenta duas caneluras paralelas. O cabo é aberto, encurvado, desenhando um contorno ovalado, terminando em cabeça de cavalo. Conserva ainda um rebite. Incorporação: Outro - Intervenção arqueológica - campanha de Vergílio Correia Proveniência: Olival do Senhor dos Mártires.
Origem / Historial: *Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
O cemitério pré-romano do Senhor dos Mártires foi casualmente descoberto em 1874 e depois nos anos 20 do século XX escavado por Virgílio Correia. As formas de enterramento por ele observadas distingue quatro tipos diferentes: em urna cinerária de cerâmica coberta por uma espécie de prato em tronco de cone; em urna cinerária de gola curta e estreita coberta por uma laje de xisto ou por uma tampa de cerâmica de covo semiesférico e abas direitas, colocada sobre a rocha do fundo em cavidades ovais ou elípticas; constituído por uma aglomeraçáo de cinzas e ossos assentado directamente sobre a rocha do fundo ou na terra; constituído por uma escavação rectangular aberta na rocha do fundo no interior da qual se encontra recortada uma outra, mais pequena, do mesmo formato, contendo cinzas, fragmentos ósseos, armas, jóias e vasinhos rituais. Posteriores trabalhos de Cavaleiro Paixão nos anos 60 não permitiram referenciar um número e uma variedade de enterramentos intactos que permitisse confirmar integralmente a tipologia apresentada por Correia, tendo sido escavado um conjunto de vinte e sete sepulturas de incineração. (Ficha do Portal do Arqueólogo)
Bibliografia | ALARCAO, J. (Coord); Ana Isabel SANTOS - De Ulisses a Viriato. O primeiro milénio a.C.. Lisboa: MNA, 1996, pág. 287, nº29 | CORREIA, Vergílio - "Alcácer do Sal", in Obras - v. 4. Coimbra: Universidade, 1972, pág. 157 e ss | SCHÜLE, W. - Die Meseten-Kulturen der Iberischen Halbinsel. Berlin: Walter de Gruyter, 1969, pág. Tafel 98, nº 4 | ÁLVAREZ MARTÍNEZ, J.M.; CARVALHO, A.; FABIÃO, C. "Lusitania Romana. Origen de dos pueblos. Lusitânia Romana. Origem de dois povos". STVDIA LUSITANA, 9. Mérida, 2015, pág. 50 | CARVALHO, A.; ALVAREZ-MARTINEZ, J.M.; FABIÃO, C. (2015) - Catálogo da exposição Lusitânia Romana - Origem de dois Povos. Lisboa. INCM - MNA, pág. 45 | |
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