Denominação:
Santa Maria Madalena
Datação:
XVII d.C. - XVIII d.C.
Dimensões (cm):
altura: 87; largura: 81;
Descrição:
A pintura integra o vasto programa pictórico que decora a capela de São João Batista. O presente exemplar situa-se num dos caixotões do teto.
Representação de Santa Maria Madalena, na vertente de penitente, de perifl 3/4, voltada à esquerda. Sentada no Santo Sepulcro, Madalena apresenta uma figura robusta, de gestos amplos, tez ruiva e farta cabeleira ondulada que lhe cai, solta, pelos ombros e peito. Usa uma veste ligeira, com as mangas arregaçadas e generoso decote. O rosto, de formato oval, revela uma expressão tensa e os olhos lacrimejantes. Com a mão esquerda levantada, toca os cabelos, enquanto que a oposta repousa sobre um crânio, que surge como símbolo da frivolidade da vida terrena e seu atributo habitual. A esta visão do mundo terreno, contrapõe-se a uma visão do mundo celestial, através de dois anjos, de carnes fartas e com um panejamento esvoaçante como veste, que pairam diante de Maria Madalena. Em plano de fundo, através da entrada da gruta, é visível uma paisagem difusa.
Este exemplar segue de perto uma obra com o mesmo tema do pintor italiano Guido Reni (1572-1642). Desse exemplar existe, no Palácio Nacional de Queluz, uma cópia datada de 1789, executada em Roma, por Domingos António de Sequeira, com a intenção de a oferecer à rainha D. Maria I, sua protetora. (inv. PNQ 749).
Incorporação:
Transferência - (Mosteiros extintos) Mosteiro das Chagas de Lamego