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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AL.050
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Figura relicário
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Angola
Grupo Cultural:
Yombe
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, pele, tecido, fibras vegetais, vidro.
Dimensões (cm):
altura: 28;
Descrição:
Figura relicário em madeira, com o rosto de um naturalismo que procura exprimir a força ambivalente que a escultura encarna, e que outros elementos que lhe estão aplicados acentuam. Possui um receptáculo na cabeça e outro no ventre (neste falta-lhe a tampa); uma série de tiras de pano com nós envolvendo o pescoço e a parte inferior do corpo; tiras pendentes de pano de ráfia, etc. No solhos tem dois bocados de vidro incrustrados. A boca, entreaberta, deixa a descoberto dois dentes incisivos mutilados.
Incorporação:
Doação
Proveniência:
Congo Ocidental, Angola
Origem / Historial:
Os "minkisi" são figuras que materializam as forças da terra invisível dos mortos e que sob o controlo humano atuavam ao nível pessoal, político e económico dentro das comunidades Kongo. «No pensamento dos povos Kongo, um "nkisi" (pl. "minkisi") era uma força personalizada da terra invisível dos mortos que tinha escolhido, ou sido induzida a submeter-se a um certo grau de controlo humano efetuado através de rituais. O perito que conduzia tal ritual era o "nganga" (operador ou sacerdote; pl. baganga) do nkisi. O ritual podia ser mais ou menos elaborado, demorar uns minutos ou muitos anos a ser completado e requerer a participação de qualquer número de pessoas, de um só indivíduo a uma aldeia inteira ou mais. Incluia habitualmente cantos, danças, restrições de comportamento, recintos especiais e espaços preparados, e um aparato material vagamente prescrito. O aparato material incluía instrumentos de música, a presença do nganga e dos seus pacientes, ou clientes, artigos de uso, remédios e, finalmente, um objeto central que era o próprio "nkisi" no sentido restrito de recetáculo da força que dava poder.» «Um "nkisi" foi revelado plo espírito ao "nganga" que primeiro o compôs, que recebeu instruções quanto ao seu uso e que, através da iniciação, pode instruir o seu sucessor. A composição era alcançada acrescentando "remédios" ao receptáculo - uma figura de madeira, um pote de barro, um corno de animal, um saco ou uma combinação de tudo isto. Os remédios consistiam de matérias naturais escolhidas quer porque visualmente representavam os atributos a ser encarnados nesse particular "nkisi"...» Fonte - MacGaffey, 2000: 44.
 
     
     
   
     
     
     
 
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