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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arqueologia N.º de Inventário: 2018.16.4 Supercategoria: Arqueologia Denominação: Suporte de ânfora Datação: IV a.C. - Idade do Ferro Técnica: Torno; estampilha Dimensões (cm): altura: 8,7; espessura: 1; diâmetro: do bordo: 21, do fundo: 20,4; Descrição: Suporte de ânfora da variante 8Aa de Sousa (2014), com duas estampilhas aplicadas na parte superior interna do vaso. Estas representam um animal que pode corresponder a um cavalo, inserido numa cartela de formato sub-quadrangular. (Sousa, 2014) Incorporação: Recolha - Espólio proveniente de trabalhos arqueológicos, ao abrigo do respetivo Regulamento.
Incorporado no MNA por despacho do Ministro da Cultura n.º 15506/2016, de 14 de dezembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 246, de 26 de dezembro de 2016. Proveniência: Rua dos Correeiros, nºs 9 a 29, e Rua Augusta 76 a 96. Lisboa
Origem / Historial: O Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (NARC) (Código Nacional de Sítio 1950) localiza se na "Baixa Pombalina" de Lisboa, no antigo vale ocidental da colina de São Jorge, onde se implanta o núcleo original da cidade.
A sua ocupação remonta aos séculos V-IV a.C., evidenciada por compartimentos retangulares e um forno cerâmico. Em torno do ano 0, a área foi utilizada como cemitério (de inumação e cremação). Entre meados do século I a.C. e o século V d.C., funcionou no local um complexo industrial de preparados piscícolas, com 31 tanques (cetárias) e algumas construções de apoio. Registou-se também uma habitação com termas e um troço de via. Conservaram-se alguns contextos tardo-antigos, incluindo uma sepultura. Do domínio islâmico exumaram-se estruturas habitacionais e oleiras; do período medieval cristão, contextos habitacionais e, eventualmente, uma olaria; e do período “pré-pombalino” (séculos XV-XVIII) arruamentos calcetados, habitações, estruturas artesanais e poços. O Terramoto de 1755 produziu níveis de ruína e vestígios de incêndio; a reconstrução pombalina está representada por pavimentos lajeados, calçadas, poços, esgotos e estacaria em pinho verde. Neste espaço, na fase pós-pombalina, funcionaram uma forja e, eventualmente, uma padaria.
Classificado como Monumento Nacional pelo Decreto n.º 7/2015 de 17 de abril. Trabalhos arqueológicos entre junho e outubro de 1991; outubro de 1993 e junho de 1995; outubro de 2017.
Bibliografia | ARRUDA, Ana Margarida - "Los Fenicios en Portugal". Barcelona: Carrera Edició, S. L., 2002, pág. 128 | CATÁLOGO da Exposição: De Ulisses a Viriato - O primeiro milénio a.C.. Lisboa: IPM/MNA, 1996, pág. 212 | NÚCLEO Arqueológico da Rua dos Correeiros. Lisboa: Fundação do Banco C. Português, 1995, pág. 31 | SOUSA, Elisa Rosa Barbosa de, 2011 - A ocupação pré-romana da foz do Estuário do Tejo durante a segunda metade do 1º milénio a.C. Dissertação de doutoramento apresentada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (documento policopiado). http://hdl.handle.net/10451/4508., pág. 725 | SOUSA, Elisa Rosa Barbosa de, 2014 - A ocupação pré-romana da foz do Estuário do Tejo durante a segunda metade do 1º milénio a.C. (Estudos e Memórias, 7).Lisboa: UNIARQ. 449 p., pág. 421 | CARDOSO, João Luís - A Baixa Estremadura dos finais do IV milénio A.C. até à chegada dos romanos: um ensaio de história regional. Estudos Arqueológicos de Oeiras: 12. Oeiras: Câmara Municipal de Oeiras, 2004., pág. 252-253 | |
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