Origem / Historial:
Esta peça foi recolhida na villa romana de Santa Vitória do Ameixial, na sequência de trabalhos de conservação e recuperação da villa, que ocorreram no ano de 1970. Ao serem removidos entulhos e vegetação rasteira que ali se haviam depositado com o passar dos anos, meio enterrada por estes detritos, foi descoberta e recolhida esta lápide, pelo Dr. José Luis de Matos, então funcionário do Museu Nacional de Arqueologia. Desde essa data e até ao ano de 2017 ficou na posse do citado arqueólogo, sendo agora entregue neste Museu.
O sitio arqueológico da Villa de Santa Vitória do Ameixial foi escavado entre 1915 e 1916 pelo conservador do museu, Dr. Luis Chaves, por incumbência de José Leite de Vasconcelos.
A publicação dos resultados só viria a ocorrer bastante mais tarde, no vol. 30 da 1ª série de “OAP”, de 1938.
Luis Chaves escava parte da villa, que se encontrava já muito destruída, pelo saque a que vinha sendo sujeita pela população local, para a recuperação e reaproveitamento dos materiais de construção, nomeadamente a pedra, pondo a descoberto o peristilo da residência senhorial e as termas, ambas com notáveis pavimentos de mosaico. Para além dos mosaicos, o espólio integra ainda importantes vestígios de escultura de vulto e escultura arquitectónica, materiais de construção, moedas, cerâmicas, utensílios e adornos variados.