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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
994.20.1
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Sarcófago das vindimas
Centro de Fabrico:
Oriente mediterrânico
Datação:
III d.C. - Época Romana
Matéria:
Mármore branco
Dimensões (cm):
altura: 38; largura: 46,7; comprimento: 118,6;
Descrição:
Sarcófago de mármore branco, de pequeno tamanho, com as extremidades arredondadas e a forma geral de uma cuba de vinificação (lenós) mostrando a face principal o retrato de uma jovem no interior de um medalhão assente sobre um vaso biansado, donde saem ramos de oliveira, parras e cachos de uvas que vão preencher todo o espaço da face principal e principalmente das laterais. A peça foi concebida para ficar encostada a uma parede, razão pela qual a face oposta ao frontal não mostra qualquer escultura. O busto representa uma menina vestida de um "colobium", uma túnica pregueada, sem mangas, presa aos ombros por duas fíbulas, cabelos em bandós e atados na nuca, olhos com marca da pupila, estando o busto e a pequena peanha em que assenta inseridos num medalhão côncavo que lhe serve de moldura. Entre as ramagens que saem do vaso, ornado de parras, aparecem pequenos cupidos, cestas de vindimas, aves e animais campestres como coelhos, cobras, escorpiões, lagartos, caracóis e gafanhotos. Por cima do medalhão corre uma fieira de pérolas sobrepujado por uma outra de ovas. É evidente o significado báquico ou dionisíaco de toda a composição, relacionado com a felicidade da vida além túmulo. O sarcófago, um trabalho cuidadoso feito talvez em oficinas do oriente mediterrânico, foi certamente importado com o medalhão por acabar tendo-se no termo da viagem esculpido a efígie da menina depositada no túmulo, o que explicaria também que o retrato se apresente esteticamente menos conseguido que o belo conjunto escultórico envolvente. O penteado da menina e os elementos decorativos, permitem, do ponto de vista técnico e temático, datar de meados do século III d.C. o fabrico da peça. (Segundo ficha do Catálogo de Escultura Romana do MNA, da autoria de José Luis de Matos). "...Tradicionalmente considerado como uma produção escultórica do oriente mediterrânico, tende-se hoje a procurar a sua filiação numa oficina ocidental, provavelmente itálica." (Segundo ficha de Catálogo da Exposição "Religiões da Lusitânia", da autoria de José Cardim Ribeiro).
Incorporação:
Compra - Compra pelo director do museu, Dr. Manuel Heleno
Proveniência:
Castanheira do Ribatejo. Num convento da Castanheira do Ribatejo.
Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006* "Em Vila Franca de Xira, na varanda do prédio nº 100 da Rua Serpa Pinto, conforme foi revelado, com o título "um sarcófago romano", pelo suplemento " Letras e Artes" das NOVIDADES, de 25 de Junho 1944 e depois comunicado à segunda sub-secção da sexta secção da Junta Nacional de Educação pelo seu ilustre vogal Sr. A. Cordeiro de Sousa, encontrava-se, servindo de tanque de lavar a roupa e de amanhar peixe, um sarcófago classificado de romano. (...) Há mais de 30 anos, Sr. João Lopes, já falecido, comprou a uma senhora de Castanheira do Ribatejo, também já extinta, um sarcófago de mármore branco, de forma ovalada medindo (...). Foi adquirido juntamente com umas cadeiras de um dos conventos da Castanheira do Ribatejo, e parece que também provinha de lá. Colocado numa casa a servir de lavadoiro, passou depois com ela para uma herdeira do citado João Lopes, e a esta o comprei por 3000$00 para o Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcelos, no qual, presentemente se encontra." (Manuel Heleno, Parecer de 14 de março de 1945, arquivado no processo da peça).
 
     
     
   
     
     
     
 
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