Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
Desde a sua descoberta até ao presente, o percurso desta estátua é longo. Encontrada em Mértola no século XVI deve fazer parte das oito ou dez estátuas a que se refere André de Resende nos seus escritos (" Antiquitatum Lusitaniae et de Municipio Eborensi, De Myrtili ") ou das cinco ou seis mencionadas por Amador Arrais ("Diálogos") e que, descoberta em Mértola em vida daqueles dois escritores (século XVI) foi trazida para a Quinta da Amoreira da Torre, perto de Montemor-o-Novo no século XVII, onde permaneceu até aos finais do século XIX quando foi redescoberta por Gabriel Pereira. Deu entrada no Museu Nacional de Arqueologia, no ano de 1902, oferta do Visconde da Amoreira da Torre de Montemor-o-Novo.
No Diário do Governo nº 52, de 6 de Março de 1902, foi publicado um Louvor do Ministro das Obras Públicas, Comércio e Industrias ao Sr Visconde da Amoreira da Torre pela oferta destas estátuas. (OAP VII, p.100)