Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
994.34.1
Supercategoria:
Arqueologia
Denominação:
Estátua de Apolo
Grupo Cultural:
Lusitano / romano
Datação:
II d.C. - Época Romana
Dimensões (cm):
altura: 163; largura: 77; espessura: 45;
Descrição:
Estátua de vulto inteiro representando Apolo, nu, erecto. Um carcaz de setas, de tampa aberta, foi posto sobre a parte superior de um tronco de árvore, elemento de suporte que adossado à perna direita contribui para a estabilidade da peça. Nas costas, junto aos ombros, formando um relevo quadrangular, ficaram as extremidades das madeixas onduladas do cabelo, que também cai à frente em duas pontas helicoidais sobre os ombros. Apresenta-se mutilada, cortada a cabeça pela base do pescoço, os braços pelas axilas e a perna esquerda pela coxa, embora esta última tenha sido reconstituída recentemente. O púbis, bem visível, e a base em que assentam os pés estão fracturados. Junto à figura, cuja nudez é símbolo de divindade, foram colocados o carcaz e a bolsa dos pastores, tendo desaparecido contudo o arco que costuma acompanhar a restante simbologia. Trata-se de um Apolo jovem, protector de pastores, deus da cultura e da sabedoria. Estamos perante uma das estátuas de divindades clássicas de maiores dimensões existentes no nosso território com características formais, boas proporções, regular desenvolvimento das massas corporais, movimentação do tronco e das pernas imitando de perto os modelos policleicos, mas o que resta dos cabelos indica que a cabeça foi feita segundo modelos helenísticos arcaicos. Este tipo de estátuas ecléticas foi comum nos meados do século II, época de Adriano ou Antonino o Pio. É um trabalho oficinal tendo por base um modelo cujas cópias foram difundidas por todo o Império. (Segundo ficha do Catálogo de Escultura Romana do MNA, da autoria de José Luis de Matos).
Incorporação:
Outro - Mandato legal.
A escultura foi descoberta em 1876 na Herdade do Álamo, concelho de Alcoutim, por Estácio da Veiga. Fez parte do Museu do Algarve antes de dar entrada no MNA.
Proveniência:
Monte do Álamo