Origem / Historial:
*Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; nº 19/2006; 18/07/2006*
O sítio de Alcalar é um dos mais importantes para o conhecimento do Megalitismo e dos primeiros metalurgistas da Europa. As escavações ali feitas por Estácio da Veiga, nos finais do século passado, revelaram uma rica necrópole do Neolítico Final e do Calcolítico formada por mais de uma dúzia de monumentos, dos quais uma anta (sepulcro 1) e os restantes do tipo sepulcro de falsa cúpula ou tholos. O sepulcro 4, para além desta banda e da lamina [Au 99], forneceu um espólio abundante e diversificado, no qual se incluem vários itens de prestígio, nomeadamente marfim, âmbar e ouro (apesar de ter sido alvo de inúmeras violações, a primeira ainda durante a época romana, comprovada pela presença de uma moeda de Cláudio I, ali encontrada). O sepulcro 11 escavado nos anos trinta por José Formosinho, forneceu também objectos em ouro, conservados no Museu de Lagos. O povoado correspondente a esta vasta necrópole foi descoberto nos anos setenta, e nele apenas se realizaram sondagens.