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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
N.º de Inventário:
E 6569
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Epigrafia
Denominação:
Lápide funerária
Autor:
Desconhecido
Datação:
XIII d.C. - Idade Média - Contexto Islâmico
Matéria:
Mármore branco
Dimensões (cm):
altura: 15; largura: 13,5; espessura: 3,5;
Descrição:
Lápide funerária de mármore. O fragmento conservado apresenta a forma de um quadrilátero irregular. Ostenta uma inscrição em árabe realizada em caracteres nashhi em relevo. O campo epigráfico corresponde às dimensões da peça inteira ou seja A: 15 cm e L: 13,5 cm. O texto reparte-se por três linhas existindo ainda a parte inferior de uma primeira linha de texto. A lápide é executada em mármore branco de Estremoz. A inscrição contém um epitáfio incompleto composto por três linhas de texto. "... him...; ...al-hayat al-dunya...; al-shayh al-wazir al-h...; ...rasti al-..." - "...Clemente...; ... a vida deste mundo...; o xeque, o vezir...; ...rasti al-..(fragmento do nome do xeque)".
Incorporação:
Outro - -
Proveniência:
São Tomé de Aguiã. Igreja paroquial.
Origem / Historial:
Este monumento funerário incompleto é de proveniência desconhecida. Corresponde à parte central de uma lápide, entretanto retirada do seu contexto original, que foi reutilizada, tendo finalmente servido como suporte para a píxide na igreja paroquial em S.Thomé de Aguiã no Minho onde foi encontrada e donde transitou em 1905 para o acervo do então Museu Ethnographico Português. O facto de a lápide ter sido executada em mármore branco de Estremoz faz supor que a sua origem situar-se-ia na zona Sul. A inscrição que ostenta contém um epitáfio incompleto que se refere a um notável muçulmano conforme se pode inferir da titulatura, um "xeque" e um "vezir", sendo no entanto desconhecidos o nome e a data do falecimento do xeque. A inscrição inclui ainda, como aliás é costume, trechos do Alcorão o que se constata pela presença da expressão "al-hayat al-dunya" ou seja "a vida deste mundo" que aparece frequentemente nas lápides. A salientar uma bela escrita em caracteres nashhi em relevo e com pontos diacríticos, executada com desenvoltura e elegância, denotando uma mão hábil e bem treinada. O tipo de letra utilizado permite situar a execução da lápide num período não anterior ao século XIII, época a partir da qual se dá a utilização generalizada da escrita nashhi no al-Andalus. Estudo da peça: Eva - Maria von Kemnitz

Bibliografia

ALVES PEREIRA, Felix - "Pedra Arabica", in O Arqueólogo Português, vol. XIV. Lisboa: Imprensa Nacional, 1909, pág. pp. 55 -56

BORGES, Artur de Melo - "Panorâmica da Epigrafia Árabe em Portugal", Estudos Orientais - Legado Cultural de Judeus e Mouros. Lisboa: Instituto Oriental, 1991, pág. p. 97

CATÁLOGO da Exposição: Portugal Islâmico. Os Últimos Sinais do Mediterrâneo. Lisboa: Min.Cult.; IPM; MNA, 1998, pág. -

LABARTA, Ana; BARCELO, Carmen - "Inscripciones Árabes Portuguesas - Situación Actual": Al- Qantara, Vol. VIII, 1987, pág. p. 400, nº 3

NYKL, A.R. - "Arabic Inscriptions in Portugal", Ars Islamica, vol.XI. New York: 1946, pág. p. 174

NYKL, A.R. - "As Inscrições Árabes no Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcellos". Lisboa: I.P.A.H.E., Ethnos", Vol.II, 1942, pág. pp. 24-25, nº 2

 
     
     
   
     
     
     
 
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