Origem / Historial:
Segundo os registos do colecionador António de Oliveira este objecto terá pertencido ao chefe do Libololo, Ngunza Mbambe. A representação escultórica é símbolo de fecundidade.
«Os objectos sagrados e as relíquias dos antigos chefes Ovimbundo, entre os quais se incluíam bastões, cahimbos e machados, eram conservados numa caixa, ochihuti. Cada nova peça, escolhida sob o conselho do adivinho para servir de símbolo a um chefe, iria, depois da morte deste, para o ochihuti do seu sucessor.
Uma parte das estatuetas e cachimbos e a maioria dos bastões representam a nana yakama. Esta é uma jovem, guardiã do fogo sagrado, reacendido em cada investidura, que mandava na chuva, da qual provém a abundância das colheitas, e ainda a quem eram confiados os objectos intocáveis do santuário real, guardados no ochihuti. Nos bastões, a nana yakama simboliza a fecundidade e o seu rosto é tratado duma maneira convencional.» (Povos e Culturas, 1972, p.397)