Origem / Historial:
As talas existentes no museu provêem sobretudo dos dois momentos em que a aldeia de Rio de Onor foi estudada: anos de 1940 e inicio de 1950, por Jorge Dias; e trinta anos depois, por Joaquim Pais de Brito. São varas em geral de choupo, com entalhes à navalha, em intervalos iguais, correspondendo cada espaço à casa do vizinho, onde se inscrevem cargos resultantes do pagamamento a pastores, multas ou registo de votos. A tala é, numa superfície linear, a figuração de uma aldeia em que as casas se sucedem num círculo ordenado, com a indicação do rio que separa as duas margens.
As multas depois de pagas são apagadas com um golpe de navalha que elimina os entalhes, havendo situações de multas aplicadas ao mesmo vizinho depois das anteriores terem sido saldadas. Poderá tratar-se de uma, senão a última tala de multas de Rio de Onor.