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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.496
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de freixo, couro, metal.
Dimensões (cm):
altura: 85; largura: 116; espessura: 21;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira, com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é recto e elevado a meio em ângulo muito aberto. A aresta superior é plana. Os cantos superiores são boleados. Os rebordos laterais são curvos e alargam no sentido inferior. O rebordo inferior apresenta duas largas reentrâncias semi-circulares - as golas- com umas pontas inferiores. As pontas interiores são de dimensão inferior às exteriores. Entre estas, o rebordo inferior é irregular. Nas duas faces são visíveis duas janelas rectangulares de vasados. A meio da tábua, apresentam-se duas aberturas rectangulares e arqueadas no topo. Na face da frente, um friso de flores e folhas entrecaladas contorna o rebordo superior. Um outro friso composto por um ramo ondulado com folhas contorna os rebordos laterais. Esta face tem como motivo central um cruz entalhada, ladeada por duas cruzes de dimensões inferiores. As inscrições “ANI DOS 18 75” estão interrompidas pelo pé da cruz. As janelas de vasados que se encontram de cada lado do motivo central estão preenchidas por três flores acima de ramos verticais ondulados e com folhas. Dois frisos verticais de ramos ondulados e dois frisos verticais de outros motivos vegetais delimitam os vasados das janelas. Cinco finas linhas de goivados e um fino friso de ziguezagues dividem horizontalmente as janelas de vasados. Acima das pontas interiores das golas, os dois frisos de ramos ondulados juntam-se com uma grande flor entalhada. Na face da frente, correias de cabedal (tamoeiro) passam pelas duas grandes aberturas funcionais rectangulares. Contra as golas apoiam duas réguas de madeira encurvadas, com as pontas direccionadas para cima -os arcos exteriores. As pontas estão fechadas por chavetas metálicas - as partizelas. Em cada um dos arcos, uma correia de couro (ensogadura) entra por dois orifícios circulares e quatro vasados rectangulares na linha inferior das janelas rectangulares de vasados, preendendo o arco exterior à tábua. Outra correia de couro, mais estreita, aperta cada partizela ao jugo através de um no junto dos vasados inferiores. A superfície exterior dos arcos está guarnecida por dois espessos frisos de flores e folhagens saindos de um vaso. Na face de trás, duas linhas de goivados e uma linha recta incisa contornam o rebordo superior. Espessos frisos de losângulos encadeados, alternadamente preenchidos por suclos cruzados e por goivados, contornam os rebordos laterais. As janelas de vasados que se encontram de cada lado do motivo central estão preenchidas por três flores acima de ramos verticais ondulados com folhas. Dois frisos de ramos ondulados e dois frisos de outros motivos vegetais dividem verticalmente as janelas de vasados. Cinco finas linhas de goivados e um fino friso de ziguezagues dividem horizontalmente as janelas de vasados. Duas finas chapas metálicas cobrem as arestas laterais da tábua. Na face de trás, uma grande chapa metálica rectangular vertical, com o topo recortado em forma de três pétalas, encontra-se no centro da tábua. Abaixo está uma outra grande chapa rectangular fixa horizontalmente, com as pontas triângulares.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante do Minho Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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