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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.492
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de sobreiro, crina.
Dimensões (cm):
altura: 44; largura: 79; espessura: 5,5;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira para um só animal. O rebordo superior é recto, com excepção duma elevação central semi-circular de aresta ondulada. Os rebordos laterais e inferior são rectos, com excepção duma secção central curva no rebordo inferior. As extremidades do jugo apresentam nas arestas superior e inferior dois recortes rectangulares e um orifício circular. A par da secção central curva, dois canzis de madeira saem da aresta inferior. O canzil direito apresenta um rasgo diagonal. O canzil esquerdo tem um orifício circular. Nas duas faces são visiveis dois orifícios funcionais acima da secção central curva do rebordo inferior. A face da frente apresenta goivados ao longo da ondulação da aresta da elevação central. Nesta elevação está inciso um semi-círculo, preenchido por diagonais e linhas de goivados que se juntam no centro. A baixo desta, está incisa a inscrição “1942”, interrumpida pelos dois orifícios funcionais. A par desta, encontram-se um círculo de goivados, com uma flor no centro e um signo-saimão inciso dentro de goivados de dimensões inferiores. Alguns outros goivados ornamentam esta face. O rebordo inferior está contornado por uma linha de goivados. A face de trás não apresenta nenhuma decoração. A elevação central na aresta superior apresenta vestígios de penachos de crina.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho da Maia, distrito do Porto.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial.
 
     
     
   
     
     
     
 
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