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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.452
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Souto, Padrão.
Oficina / Fabricante:
Manuel Francisco da Silva
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de freixo, policromia, crina.
Dimensões (cm):
altura: 60; largura: 119; espessura: 6;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é muito ligeiramente curvo e os rebordos laterais são recortados. O rebordo inferior é recto, apresentando um sector central irregular. A aresta inferior da tábua é plana é apresenta dois canzis de madeira. Nas duas faces são visíveis, a meio da tábua, quatro janelas de vasados decorativos circulares. Cada uma das duas janelas centrais, preenchidas por uma estrela com cinco pontas, tem por baixo uma abertura funcional rectangular arqueada no topo. Cada uma das duas janelas laterais, preenchidas por dois círculos sobrepostos, tem por baixo quatro orifícios funcionais rectangulares. A baixo destes, nos cantos inferiores da tábua, encontra-se um pequeno orifício circular. Na face da frente, uma grega horizontal em S ligados, cujas pontas envolvem uma flor, contorna o rebordo superior. Abaixo desta, encontra-se um friso de cruzes floridas em relevo. Um friso vertical de flores entalhadas contorna os rebordos laterais. Junto à este, uma cruz florida em relevo, saindo de um vaso, está ladeada por folhas. Junto à este motivo, encontra-se um escudo real, com um ramo por baixo e uma flor acima. Esta face tem como motivo central uma grande flor ladeada por duas folhas, saindo de um vaso. Acima das duas janelas centrais preenchidas por estrelas, encontra-se a inscrição “1941” em relevo, interrumpida pelo topo do motivo central. Ramos ondulados com folhas e flores saem de dois vasos que ladeam o motivo central, junto ao rebordo inferior. Os ramos contornam por cima as janelas de vasados. Por baixo das janelas de vasados preenchidas por semi-círculos, encontra-se um friso horizontal de quatro flores entercaladas com folhas. Junto ao rebordo inferior, dois ramos incisos com folhas estão acima de dois semi-círculos incisos de largo diâmetro, preenchidos por linhas rectas incisas. Na face de trás, um friso de semi-círculos incisos contorna o rebordo superior. Linhas rectas estão incisas diagonalmente ao longo dos rebordos laterais. Junto a estes, dois ramos em relevo, com folhas e flores entrecaladas, saem de vasos e encontram-se junto ao rebordo superior. As folhas estão preenchidas por sulcos cruzados. Esta face apresenta como motivo central uma rosácea incisa dentro de um círculo. Vários ramos incisos, círculos e flores rodeam as janelas de vasados. Junto a o rebordo inferior estão incisos muito superficialmente dois semi-círculos de largo diâmetro. A aresta superior apresenta penachos de crina alternadamente preto e branco. Ambas as faces da tábua apresentam policromia. Na face de trás, existe junto ao sector central do rebordo superior uma fina chapa metálica. O sector central da aresta inferior apresenta uma chapa metálica rectangular, que se estende nos rebordos inferiores em ambas as faces.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Vila de Feira, Souto, Padrão, concelho de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. O seu autor é um jugeiro quem aprendeu com seu pai em 1900. Realizou jugos das variantes de Ovar e de Vila da Feira para vender nas feiras ou por encomenda. Tipologias deste jugo: Variante de Vila da Feira Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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