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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.447
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, metal, policromia.
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é muito ligeiramente curvo e os rebordos laterais são recortados. O rebordo inferior da tábua é recto e apresenta um sector central irregular. Dois canzis de madeira saiem da aresta inferior da tábua. Cada canto da aresta inferior apresenta um orifício rectangular. Nas duas faces são visíveis, a meio da tábua, quatro janelas de vasados decorativos circulares. Cada uma das duas janelas centrais, preenchidas por uma estrela com cinco pontas, tem por baixo uma abertura funcional rectangular arqueada no topo. Cada uma das duas janelas laterais, preenchidas por três círculos sobrepostos, tem por baixo quatro orifícios funcionais rectangulares. Junto ao rebordo inferior, os cantos da tábua apresentam um pequeno orifício circular. Na face da frente, uma linha de goivados e um friso horizontal de S ligados, cujas pontas envolvem uma flor, contornam o rebordo superior. Este friso apresenta ao meio a inscrição em relevo: “ARS”. Abaixo deste, um segundo friso horizontal contem uma linha ondulada em relevo. Os rebordos laterais apresentam riscas diagonais incisas. Junto aos rebordos laterais, uma cruz florida ladeada por folhas está em relevo acima de uma rosácea. Junto a este friso, está um friso vertical com seis motivos com forma de amêndoas. Esta face tem como motivo central uma custódia estilizada, ladeada acima por dois pássaros. A custódia encontra-se na ponta de um ramo recto, com duas flores e duas folhas, saindo de um vaso junto ao rebordo inferior. Ao meio da tábua, por baixo das janelas de vasados preenchidas por estrelas, a inscrição “1929” está interrumpida a meio pelo motivo central. Junto ao rebordo inferior, dois vasos decorados por uma flor ladeam o motivo central. Um ramo ondulado com flores e folhas sae de cada vaso. Estes ramos ondulados rodeam por cima as janelas de vasados. Por baixo das janelas de vasados preenchidas por círculos sobrepostos, encontram-se três semi-círculos também sobrepostos, mas não completamente vasados. Junto ao rebordo inferior, estão incisos semi-círculos concentricos de largo diâmetro, preenchidos por linhas rectas e ramos curvos incisos. Uma flor encontra-se acima de cada canzil. Ramos incisos superficialmente contornam os cantos inferiores da tábua. Na face de trás, um friso de sete semi-círculos incisos contorna o rebordo superior. Junto a este, um segundo friso de seis semi-círculos incisos está interrumpido por um círculo preenchido por vários círculos de dimensões inferiores e uma flor no centro. Mais por baixo, este motivo repite-se, entre as duas aberturas funcionais centrais. Junto aos rebordos laterais, encontra-se também uma flor contornada por linhas onduladas incisas com goivados. Por baixo das janelas de vasados, estão incisos alguns outros círculos e semi-círculos. Junto ao rebordo inferior da tábua, estão incisos muito superficialmente semi-círculos concentricos de largo diâmetro. A aresta superior apresenta vestígios de penachos de crina alternadamente castanho e branco. Uma chapa metálica rectangular encontra-se na aresta inferior, entre os dois canzis. O topo denteado desta chapa estende-se até o rebordo inferior da tábua. A tábua apresenta vestígios de policromia.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Vila da Maia, concelho da Maia, distrito do Porto.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Foi feito na freguesia de Sá, Ponte de Lima, e levado para Paredes de Coura, onde se encontrava quando foi adquirido para o Museu de Etnologia do Ultramar. Era tido no maior apreço por se considerar uma relíquia de familia. Segundo o seu então proprietario, homem nascido no princípio do século XX, esse jugo teria sido trazido pelo seu antepassado (o avô do avô), que da freguesia de Sá veio para ali para casar. O jugo parece ter sido parte de dote de casamento. Tipologias deste jugo: Variante de Vila da Feira Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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