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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.446
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de sobreiro, policromia, crina.
Dimensões (cm):
altura: 52,5; largura: 120; espessura: 6;
Descrição:
ugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é recto e ligeiramente elevado a meio em ângulo muito aberto. A aresta superior é plana. Os rebordos laterais são recortados. O rebordo inferior da tábua é recto e apresenta um sector central irregular. A aresta inferior da tábua e plana e tem quatros orifícios rectangulares. Os dois orifícios exteriores estão preenchidos por madeira. Nas duas faces é visível, junto ao rebordo superior da tábua, uma janela rectangular de vasados, preenchida com uma linha de arcos. A meio, apresentam-se duas grandes aberturas funcionais quadrangulares e arqueadas no topo. Junto ao rebordo inferior, a par destas aberturas centrais, estão quatro orifícios funcionais horizontais, com dois pequenos orifícios circulares. Na face da frente, um friso horizontal composto por um ramo ondulado em relevo com folhas preenchidas por sulcos cruzados, contorna o rebordo superior. O friso apresenta três flores em relevo, uma no centro e as duas outras nos extremos. Linhas de goivados contornam este friso. Junto aos rebordos laterais da tábua, dois cruzes floridas em relevo saem de corações com os vértices encurvados. Flores e folhas ladeam estas cruzes. Duas flores dentro de semi-círculos estão entalhadas junto aos rebordos laterais da janela de vasados. Duas linhas horizontais de goivados ladeam por baixo a janela de vasados. Junto a estas linhas, encontra-se um friso de arcos semelhantes aos arcos da janela, não completamente vasados. Tem por baixo duas outras linhas de goivados. Este friso inferior de arcos está interrumpido pelo motivo central, composto por uma cruz alta e florida, em relevo. Este motivo central está ladeado por dois pássaros em relevo. Esta cruz sae de dois corações ligados por cima com os vértices encurvados. A par do motivo central, acima das duas aberturas funcionais centrais, estão quatro flores em relevo, acima da inscrição interrumpida: “1926”. De cada lado das duas aberturas funcionais quadrangulares, estão dispostos um peixe acima de duas flores, uma cruz saindo de um coração e um cão, todos em relevo. Junto ao rebordo inferior, de cada lado do motivo central, estão incisos um círculo e quatro semi-círculos. Na face de trás, um friso, de seis peixes e cinco flores dentro de círculos, ladeado por duas linhas horizontais de goivados, contorna o rebordo superior. Duas linhas horizontais de goivados contornam por baixo a janela de vasados. Esta face tem como motivo central uma cruz florida em relevo, acima de um grande signo-saimão inciso dentro de um círculo. Flores em relevo dentro de círculos entalhados encontram-se acima das duas aberturas funcionais, na direcção central do rebordo inferior. A par destes, encontra-se uma grande rosácea entalhada e outros círculos e semi-círculos. Junto aos rebordos laterais estão em relevo cruzes floridas, saindos de corações com os vértices encurvados. Junto ao rebordo inferior, dois semi-círculos de largo diâmetro estão incisos superficialmente. A aresta superior apresenta vestígios de penachos de crina alternadamente pretos e castanhos. Encontram-se uma chapa metálica horizontal junto ao rebordo superior na face de trás, uma chapa metálica, rectangular e com o rebordo superior denteado, num sector central na aresta inferior. Tem no lado esquerdo uma outra chapa metálica rectangular, também disposta na aresta inferior. Os dois cantos inferiores têm a aresta contornada por uma fina chapa metálica. A tábua apresenta policromia.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Vila da Maia, concelho da Maia, distrito do Porto.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Foi feito na freguesia de Sá, Ponte de Lima, e levado para Paredes de Coura, onde se encontrava quando foi adquirido para o Museu de Etnologia do Ultramar. Era tido no maior apreço por se considerar uma relíquia de familia. Segundo o seu então proprietario, homem nascido no princípio do século XX, esse jugo teria sido trazido pelo seu antepassado (o avô do avô), que da freguesia de Sá veio para ali para casar. O jugo parece ter sido parte de dote de casamento. Tipologias deste jugo: Variante de Vila da Feira e Maia (forma híbrida) Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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