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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.437
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Paredes de Coura.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, crina.
Dimensões (cm):
altura: 82; largura: 102,5; espessura: 10;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira, com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é plano e elevado a meio em ângulo muito aberto. Os rebordos laterais são curvos e alargam no sentido inferior. O rebordo inferior apresenta duas largas reentrâncias semi-circulares - as golas- com umas pontas inferiores. As pontas são elementos separados fixos à tábua. As pontas interiores são de dimensão inferior às exteriores. Entre estas, o rebordo inferior, que é um elemento separado fixo à tábua, é irregular. Nas duas faces é visível, junto ao rebordo superior da tábua, uma janela horizontal de vasados, preenchida com flores de quatro pétalas ligadas por aneis. Esta janela de vasados também é ligeiramente elevada a meio em ângulo muito aberto. Abaixo desta, apresentam-se mais duas janelas rectangulares de vasados funcionais e decorativos constituidas por duas linhas horizontais de motivos variados. A linha superior está preenchida por motiveis florais e vegetais encurvados, e a linha inferior por arcos. Nesta linha apresentam-se no centro duas grandes aberturas funcionais. Na face da frente, um friso de motivos vegetais entalhados contorna os rebordos superior e laterais. Uma linha de finos goivados separa a janela superior horizontal das duas janelas inferiores rectangulares. Uma segunda linha divide esta janela. Esta face tem como motivo central uma cruz em relevo, dentro de uma moldura quadrangular, com o interior preenchido por paralelas diagonais incisas. Junto aos rebordos laterais, duas largas folhas curvas entalhadas verticalmente ladeam as janelas de vasados. Na parte inferior da tábua, acima das pontas interiores das golas, duas flores estão separadas no meio por um outro motivo vegetal inciso superficialmente. Contra as golas apoiam duas réguas de madeira encurvadas, com as pontas direccionadas para cima -os arcos exteriores. As pontas estão fechadas por chavetas metalicas - as partizelas. Em cada um dos arcos, uma correia de couro (ensogadura) entra por quatro vasados na linha inferior das janelas rectangulares, prendendo o arco ao jugo. Outra correia de couro, mais estreita, aperta cada partizela ao jugo através de um no junto dos vasados inferiores. A superfície exterior dos arcos encontram-se decorados com três linhas de goivados. Na face de trás, um friso de círculos goivados e encadeados contorna os rebordos superior e laterais. Esta face têm no centro três colunas incisas formadas por duas linhas onduladas encadeadas. Acima das pontas interiores das golas, duas flores de seis pétalas encontram-se incisas junto ao rebordo inferior. A aresta superior da tábua está guarnecida alternadamente com penachos de crina pretos e brancos. Ambas as faces da tábua estão envernizadas. Chapas metálicas reforçam as arestas laterais da tábua.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho de Paredes de Coura, distrito de Viana do Castelo.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante do Minho Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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