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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.400
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira.
Dimensões (cm):
altura: 52; largura: 113,5; espessura: 6,5;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira, com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é ligeiramente curvo e os rebordos laterais ligeiramente ondulados. O rebordo inferior da tábua é recto e plano e apresenta um sector central irregular. Dois canzis de madeira, com um rasgo diagonal, saem da aresta inferior. Nas duas faces é visível, uma janela rectangular de vasados preenchidos por arcos dispostos em duas linhas horizontais. Na direcção do sector central do rebordo inferior, apresentam-se duas aberturas funcionais quadrangulares e arqueadas no topo. Junto ao rebordo inferior, acima da cada canzil, estão dois orifícios funcionais horizontais. Dois orifícios idênticos estão em cada canto inferior da tábua, acima de um orifício funcional circular. Na face da frente, um friso de oito peixes, com uma flor a meio, e duas linhas de goivados, contornam o rebordo superior. Junto aos rebordos laterais da tábua, estão duas cruzes floridas em relevo, saindo de corações com os vértices encurvados. Flores e folhas ladeam estas cruzes. Dois semi-círculos incisos encontram-se junto aos rebordos laterais da janela de vasados. Duas linhas de goivados dividem horizontalmente a janela de vasados. Duas linhas de goivados acompanham por baixo esta janela. Esta face tem no centro a inscrição “1905”, encimada por quatro flores entalhadas. Está interrumpida pelo motivo central, composto por uma cruz florida em relevo ladeada por dois pássaros. De cada lado das duas aberturas funcionais quadrangulares, estão dispostos um peixe acima de duas flores, uma cruz saindo de um coração e um cão, todos em relevo. Junto ao rebordo inferior, de cada lado do motivo central, estão incisos um círculo e quatro semi-círculos. Na face de trás, um friso de motivos ondulados preenchidos com goivados, com uma flor ao meio, e duas linhas de goivados, contornam o rebordo superior. Junto aos rebordos laterais da tábua, duas cruzes floridas em relevo, ladeadas por folhas, saem de corações com os vértices encurvados. Dois semi-círculos incisos encontram-se junto aos rebordos laterais da janela de vasados. Duas linhas de goivados dividem horizontalmente a janela de vasados. Uma linha de goivados acompanha por baixo esta janela. No centro, cada abertura funcional quadrangular está encimada por um círculo inciso. Por baixo da janela de vasados estão incisos dois semi-círculos. Esta face tem como motivo central um signo-saimão inciso num círculo, do qual sai uma cruz florida. Junto ao rebordo inferior da tábua estão incisos dois semi-círculos de largo diâmetro. A aresta superior tem vestígios de penachos de crina alternadamente pretos e brancos. Ambas as faces apresentam vestígios de tinta branca, amarela, vermelha e azul. Na face de trás, uma estreita chapa metálica horizontal reforça a secção central do rebordo superior. A secção central da aresta inferior apresenta também uma chapa metálica rectangular, que se estende nos rebordos em ambas as faces da tábua.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Vila da Feira, Concelho de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante da Vila da Feira e Maia (forma híbrida) Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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