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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.277
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Ponte da Barca, Gondomar.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de freixo, metal, couro, policromia.
Dimensões (cm):
altura: 64,5; largura: 106; espessura: 9;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira, ccom formato geral trapezoidal. O rebordo superior é ondulado e elevado a meio em ângulo. Os rebordos laterais são ligeiramente curvos e alargam no sentido inferior. O rebordo inferior tem duas largas reentrâncias semi-circulares- as golas- com umas pontas inferiores. As pontas são elementos separados fixos à tábua. Entre as golas, o rebordo inferior é irregular. Nas duas faces são visíveis duas janelas quadrangulares de vasados, preenchidos por ramos com folhas e outras formas curvas. Na direcção do sector central do rebordo inferior, nas janelas de vasados, estão duas aberturas funcionais quadrangulares e arqueadas no topo. Acima de cada gola, estão dois orifícios circulares. Na face da frente, um friso de motivos vegetais entalhados, ladeados por vários sulcos cruzados, contorna o rebordo superior e os rebordos laterais da tábua. Esta face tem como motivo central uma custódia, com a inscrição "1932" incisa ao meio. De cada lado do motivo central, as janelas de vasados estão guarnecidas com motivos florais goivados e pequenos corações. Um friso vertical de motivos triângulares preenchidos por linhas paralelas incisas, e um friso de losângulos em cadeia preenchidos por sulcos cruzados, delimitam algumas ornamentações da tábua. Junto ao rebordo inferior, acima das pontas interiores das golas, estão incisos dois signo-saimões, dentro de círculos de goivados. Uma linha de motivos vegetais goivados superficialmente contorna o rebordo das golas. Na face da frente, contra as golas apoiam duas réguas encurvadas de madeira -os arcos exteriores, com as pontas direccionadas para cima. A régua direita tem de cada lado quatro pequenos orifícios circulares. A esquerda tem somente três. Uma chaveta metálica -partizela de ferro- fecha cada arco, passando por dois destes orifícios presentes nas extremidades destas tiras de madeira. Uma estreita correia de couro aperta a partizela à tábua, junto da janela de vasados através de um nó. Correias de couro entram por quatro vasados na parte inferior da janela, prendendo os arcos ao jugo. Na face de trás, um espesso friso de triângulos, com o interior às riscas, contorna os rebordos superior e laterais. As janelas de vasados estão guarnecidas por motiveis florais goivados. Frisos verticais de motivos triângulares, preenchidos por linhas paralelas incisas, delimitam algumas ornamentações da tábua. Junto ao rebordo inferior, as pontas interiores das golas têm um grande coração inciso, com o vértice encurvado, preenchido por sulcos cruzados. A face da frente apresenta vestígios de tinta azul e vermelha. A face de trás tem no centro uma chapa metálica, disposta verticalmente, em quase toda a altura da tábua.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Aboim da Nóbrega, concelho de Vila Verde, distrito de Braga.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante do Minho Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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