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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.276
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Vila Verde, Gondomar, distrito de Braga
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de sobreiro.
Dimensões (cm):
altura: 60; largura: 106; espessura: 6;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira, com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é ondulado, ligeiramente elevado a meio em ângulo muito aberto. Os rebordos laterais são ligeiramente curvos e alargam no sentido inferior. O rebordo inferior apresenta duas largas reentrâncias semi-circulares -as golas. Entre estas, o rebordo inferior é irregular. Duas varas encurvadas -os arcos interiores- entram por orifícios circulares colocados na aresta das pontas inferiores das golas. Nas duas faces são visíveis duas janelas rectangulares de vasados, compostas por duas linhas horizontais de motivos variados. A linha superior das janelas de vasados é preenchida por folhas e ramos encurvados. A linha inferior das janelas de vasados apresenta aberturas rectangulares. A meio da linha inferior das janelas de vasados, apresentam-se duas grandes aberturas funcionais quadrangulares arqueadas no topo. Na face de trás, a parte superior da tábua é escravada rectangularmente, com excepção dos rebordos laterais e do sector central. Assim, os arcos interiores atravessam a espessura da metade inferior, saiendo por orifícios circulares nas arestas superiores das pontas das golas. Cavilhas de madeira fixam as extremidades dos arcos através de pequenos orifícios circulares. Na face da frente, um espesso friso de motivos florais entalhados e ladeados por vários motivos preenchidos por sulcos cruzados, contorna o rebordo superior da tábua. Esta face tem como motivo central uma custódia goivada, com a inscrição "1962" no meio. Sulcos cruzados preenchem a superfície acima do motivo central. As janelas rectangulares de vasados, de cada lado do motivo central, são preenchidas por goivados, semi-círculos e corações entalhados. Junto aos rebordos laterais, encontram-se linhas de goivados e semi-círculos, ladeados por duas linhas verticais paralelas incisas. As pontas interiores das golas apresentam dois grandes corações entalhados, com o vértice encurvado e o interior preenchido por sulcos cruzados. Uma linha de goivados contorna o rebordo das golas. Na face de trás, um espesso friso de triângulos incisos, preenchidos por linhas diagonais paralelas, contorna o rebordo superior. Por baixo deste friso, apresenta-se uma fina linha de motivos vegetais goivados. Esta face tem como motivo central uma pequena cruz sequenciada verticalmente por três motivos geométricos. Estes motivos estão preenchidos por sulcos cruzados, e dispostos cada um acima do outro. Pequenos goivados guarnecem também esta parte central. Sulcos cruzados preenchem a superfície entre os dois pequenos sectores vasados de acima das aberturas centrais da tábua. Na parte superior da tábua junto aos rebordos laterais, encontram-se também linhas de goivados. Na parte inferior, vêm-se frisos de triângulos incisos, preenchidos por paralelas diagonais. Junto ao rebordo inferior, acima das pontas interiores das golas estão dois ramos, ladeados por linhas verticais paralelas e linhas em ziguezague.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Estromil, concelho de Vila Verde, distrito de Braga.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Este jugo foi provavelmente feito por um artifice idoso dos lados de Aboim da Nobrega. Segundo os colectores, o mesmo homem entalhou muitas portas de espigueiros da região. Tipologias deste jugo: Variante do Minho Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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