MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
segunda-feira, 6 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.163
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de freixo, metal, crina.
Dimensões (cm):
altura: 76; largura: 117; espessura: 6;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral rectangular. O rebordo superior é ligeiramente curvo, e os rebordos laterais são ondulados. O rebordo inferior é recto. Dois canzis de madeira, com um rasgo diagonal, saem da aresta inferior. Esta aresta tem em cada extremo um orifício rectangular. Nas duas faces é visível, junto ao rebordo superior, uma grande janela rectangular de vasados, preenchida por três linhas de círculos sobrepostos. Abaixo desta, apresentam-se mais duas janelas de vasados preenchidas por três círculos. Na direcção do sector central do rebordo inferior, estão duas aberturas funcionais quadrangulares e arqueadas no topo. Estas duas aberturas estão encimadas por dois vasados rectangulares decorativos de dimensão inferior. Junto ao rebordo inferior, acima de cada canzil, estão quatro orifícios funcionais rectangulares. Na face da frente, um friso de videiras com uvas, saindo de um cesto central, contorna o rebordo superior. Uma linha de pequenos motivos quadrangulares entalhados, acompanha este friso, assim como os rebordos laterais e as janelas rectangulares de vasados. Esta face tem como motivo central um escudo real ladeado por dois ramos ligados por baixo. Junto aos rebordos laterais da tábua encontram-se flores e folhas saindo de dois vasos estilizados em relevo. Acima de cada vaso, um pássaro está a picar um cacho de uvas. Junto ao rebordo inferior, acima de cada canzil, estão entalhadas duas rosáceas. Dois semi-círculos de goivados ornamentam a superfície junto ao rebordo inferior da tábua. Na face de trás, uma linha de goivados e de motivos rectangulares contorna o rebordo superior. Esta face tem como motivo central uma flor entalhada. Goivados contornam as janelas de vasados. Duas linhas horizontais de goivados apresentam-se entre a janela superior de vasados e as duas janelas inferiores de vasados. Junto aos rebordos laterais, um rosáçea está incisa dentro de círculos com goivados. Por baixo desta, está inciso um ramo com folhas, acima de uma rosácea. Na aresta superior apresentam-se penachos de crina preto, castanho e branco. Em ambas as faces, chapas metálicas horizontais reforçam o rebordo inferior da tábua, acima de cada canzil. A face de trás apresenta numa secção central vestígios da aplicação de duas chapas metálicas rectangulares. Junto ao rebordo inferior, a face de trás ainda apresenta uma chapa metálica rectangular na secção central entre os canzis. Uma coleira de couro prende-se a cada canzil por umas finas correias. As coleiras estão reforçadas e ornamentadas por aplicações metálicas fixas por pregos.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho de Barcelos, distrito de Braga.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante de Maia Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica