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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AQ.917
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de sobreiro, crina, policromia.
Dimensões (cm):
altura: 69; largura: 126; espessura: 5,5;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira, com uma elevação central trapezoidal- o castelo. Os rebordos superior e laterais da elevação são rectos, com uma aresta plana. Esta elevação destaca-se acima de uma trave- a tranca, cujos extremos apresentam um alteamento curvo. O rebordo inferior da tábua é recto e apresenta um sector central irregular. Quatro canzis de madeira saem da aresta inferior. Nas duas faces são visíveis, duas janelas de vasados decorativos circulares, acima de duas aberturas funcionais quadrangulares arqueadas no topo. A par destes, junto ao rebordo inferior, estão quatro orifícios funcionais rectangulares. Cada extremo do rebordo inferior apresenta um orifício circular. Na face da frente, três espessos frisos contornam o rebordo superior. O primeiro friso contém seis flores. A segundo apresenta uma decoração vegetal simetrica com duas flores. O terceiro é um friso de cruzes ancoradas. Esta face apresenta como motivo central várias flores saindo de um vaso disposto junto ao rebordo inferior. Junto aos rebordos laterais apresenta-se um vaso de dimensões inferiores, com um ramo recto com flores e folhas. Por baixo, estão incisos dois círculos, preenchidos por círculos e linhas de goivados. Junto ao rebordo inferior estão incisos dois semi-círculos parecidos. Os alteamentos curvos estão também guarnecidos por círculos incisos com goivados e uma flor entalhada no centro. Na face de trás, três espessos frisos contornam o rebordo superior. O primeiro friso e o terceiro contêm semi-círculos que envolvem três flores. O segundo friso apresenta uma linha que desenha ângulos rectos com simetria. Por baixo, um círculo, preenchido por círculos, linhas de goivados e uma flor no centro, está ladeado por dois círculos incisos. Esta face tem como motivo central um signo-saimão inciso dentro de um círculo. Ramos ondulados incisos com flores e folhas rodeam as aberturas funcionais de vasados. Os rebordos laterais da elevação central estão decorados por um semi-círculo com uma flor no centro. Junto ao rebordo inferior e nos alteamentos curvos estão incisos vários círculos concentricos. As arestas superiores das elevações apresentam vestígios de penachos de crina. As aresta laterais da elevação central apresentam finas chapas metálicas. Junto ao rebordo superior da face de trás, encontra-se também uma chapa metálica disposta horizontalmente; As pontas extremas do jugo encontram-se também reforçadas por chapas metálicas. No sector central da aresta inferior está fixa uma chapa metálica rectangular que estendem-se até aos rebordos inferiores da tábua. A tábua apresenta vestígios de policromia. Na face de trás, um anel metálico está fixo ao meio da elevação central.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho de Ovar, distrito de Aveiro.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante de Ovar Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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