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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AQ.650
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de sobreiro, policromia e crina.
Dimensões (cm):
altura: 68; largura: 121; espessura: 7,5;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é muito ligeiramente curvo e os rebordos laterais são recortados. O rebordo inferior da tábua é recto e apresenta um sector central irregular. A aresta inferior da tábua apresenta dois canzis de madeira. Os cantos da aresta inferior apresentam um orifício rectangular. Nas duas faces são visíveis, a meio da tábua, quatro janelas de vasados decorativos circulares. Cada uma das duas janelas centrais, preenchidas por uma estrela com cinco pontas, tem por baixo uma abertura funcional rectangular arqueada no topo. Cada uma das duas janelas laterais, preenchidas por dois círculos sobrepostos, tem por baixo quatro orifícios funcionais rectangulares. Na face da frente, uma grega horizontal em S ligados, cujas pontas envolvem uma flor, contorna o rebordo superior. Abaixo desta, encontra-se um friso de cruzes floridas em relevo. Junto ao rebordo lateral está um friso de flores circulares em relevo. Junto a este friso, está uma cruz florida em relevo ladeada por folhas tem acima de uma flor. Uma linha recta vertical em espinha de peixe acompanha esta cruz. Esta face tem como motivo central uma grande flor com duas folhas, acima de um escudo real dentro de um círculo. Acima das duas aberturas funcionais centrais encontra-se a inscrição incisa “1944”, interrumpida pelo motivo central. Ramos ondulados com folhas e flores saem de dois vasos junto ao rebordo inferior e contornam por cima as janelas de vasados, até encontrar-se com um coração com o vértice encurvado. As janelas de vasados preenchidas por círculos sobrepostos, estão contornadas por baixo por um friso horizontal de três flores com folhas. Junto ao rebordo inferior, estão incisos semi-círculos concentricos de largo diâmetro, preenchidos por linhas rectas incisas. Uma flor encontra-se ao lado de cada semi-círculo. Na face de trás, um friso de onze semi-círculos incisos com flores no centro contorna o rebordo superior. Por baixo, um ramo ondulado com folhas preenchidas por sulcos cruzados está inciso ao longo deste friso. Um outro friso de semi-círculos incisos contorna por baixo este ramos. Junto aos rebordos laterais está inciso um ramo com folhas. Junto a este, linhas onduladas incisas com goivados envolvem uma flor entalhada. Esta face tem como motivo central uma rosácea incisa dentro de dois círculos concentricos. Por baixo do motivo central, está inciso um signo-saimão. A par deste, estão vários círculos e semi-círculos. Junto ao rebordo inferior, estão incisos semi-círculos concentricos de largo diâmetro. Uma fina correia de couro passa por os vadados das duas janelas centrais preenchidas por estrelas e faz um no na face de trás. A aresta superior apresenta penachos de crina alternadamente pretos e castanhos. O sector central da aresta inferior apresenta um vestígio de uma chapa metálica. A tábua apresenta vestígios de tinta vermelha, amarela, azul e verde.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho de Matosinhos, distrito do Porto.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante de Vila da Feira Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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