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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AQ.649
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de plátano, policromia e crina.
Dimensões (cm):
altura: 76,5; largura: 120; espessura: 7,5;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é muito ligeiramente curvo e os rebordos laterais são recortados. O rebordo inferior da tábua é recto e plano, e apresenta um sector central irregular. Dois canzis de madeira saem da aresta inferior da tábua. Os cantos da aresta inferior apresentam um orifício rectangular. Nas duas faces são visíveis, quatro janelas de vasados decorativos circulares. Cada uma das duas janelas centrais, preenchidas por uma estrela com cinco pontas, tem por baixo uma abertura funcional rectangular arqueada no topo. Cada uma das duas janelas laterais, preenchidas por dois círculos sobrepostos, tem por baixo quatro orifícios funcionais rectangulares. Na face da frente, um friso de flores entalhadas dentro de círculos contorna o rebordo superior. Abaixo, está um friso de duas linhas de arcos ligados em sentido inverso. Frisos verticais de flores, idênticos ào primeiro friso, contornam os rebordos laterais. Junto à estes, uma cruz florida em relevo sae de um vaso preenchido por sulcos cruzados. Folhas ladeam estas cruzes. Esta face tem como motivo central uma custódia, acima de um escudo real dentro de um círculo. Ramos ondulados com folhas e flores saem de dois vasos junto ao rebordo inferior e contornam por cima as janelas de vasados, até encontrar-se com um coração com as pontas viradas. Por baixo das janelas de vasados preenchidas por círculos sobrepostos, encontram-se dois semi-círculos também sobrepostos, não completamente vasados. Junto ao rebordo inferior, estão incisos semi-círculos concentricos de largo diâmetro, preenchidos por goivados. Dois ramos incisos com folhas ladeam estes semi-círculos. Na face de trás, um friso de nove semi-círculos incisos contorna o rebordo superior. Junto a este, um segundo friso de seis semi-círculos incisos está interrumpido por um círculo preenchido por uma linha de goivados e uma flor no centro. Círculos incisos com linhas de goivados contornam as janelas de vasados centrais preenchidas por duas estrelas. Esta face tem como motivo central uma rosácea incisa dentro de um círculo. Acima deste, apresenta-se a inscrição “A.F 1952”. A par deste motivo central, estão incisos ramos ondulados com folhas. Encontra-se também uma flor contornada por linhas onduladas incisas com goivados. Por baixo das janelas de vasados, estão incisos alguns outros círculos e semi-círculos. Um deste tem inciso no centro uma rosácea. Junto ao rebordo inferior da tábua, estão incisos semi-círculos concentricos de largo diâmetro. A aresta superior apresenta penachos de crina alternadamente pretos e castanhos. A meio da aresta, falta um penacho. Na face de trás, uma fina chapa metálica horizontal encontra-se junto ao rebordo superior. A baixo deste, a tábua tem outra chapa metálica horizontal de dimensões inferiores. Uma chapa metálica rectangular, com o rebordo superior denteado, está fixa num sector central na aresta inferior. A tábua apresenta policromia.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho da Maia, distrito do Porto.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante de Vila da Feira Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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